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quinta-feira, outubro 14, 2010

QUASE, QUASE, POR UM TRIZ


“Por pouco me persuades a me fazer cristão” (At 26.28)

Jesus falava a grandes multidões. Enquanto ele fazia milagres e multiplicava pães, não sobrava lugar. Mas quando começou a mostrar o caminho da cruz e das dificuldades de uma vida de fé num mundo sem Deus, foram embora.

A moderna definição de ateísmo não é mais a negação do Divino. Poucos negam a existência de Deus. Pessoalmente não conheço ninguém que o faça. Na verdade, hoje Ele é visto como um Ser fraco, não relevante no cotidiano, e que vive “preso” a um lugar sagrado chamado igreja, capela, salão, sinagoga ou catedral. Nessas condições de não-interferência na vida, Ele não é rejeitado, e até mesmo o procuram em duas ocasiões: já viu alguém recusar uma cerimônia de casamento para si ou o negar o batismo para os seus filhos?

Não é que as pessoas não querem Deus, elas querem um que não faça muitas exigências, um Deus mais “light”, vamos dizer assim.

Quando Paulo esteve preso, o rei Agripa manifestou grande interesse em conhece-lo. Após ouvir de Paulo uma longa explanação  das virtudes de uma vida de fé, o rei se dirigiu a ele e disse: “Rapaz, por pouco me persuades a me tornar cristão” (At 26.28).

Conheço muita gente boa, honesta, inteligente, que traria grande contribuição para o Reino de Deus, mas que também “trava” diante do Mestre. Não vai. Jesus, para eles, é um personagem histórico bom e admirável. Só isso.

Quais são os mecanismos que contam para defender-se psicologicamente de uma real conversão? Tenho algumas sugestões:

Primeiro: todo mundo tem alguma coisa mais importante para fazer antes de seguir a Deus. Isso evidencia que não há um correto discernimento das verdadeiras prioridades da vida. Aí vem Jesus e diz que o seu Reino deve ser buscado antes de tudo, e que as demais coisas haveriam de ser completadas. Em outras palavras: a busca do Reino é que dá um sentido a tudo o mais.

Segundo: medo de ceder, de perder o controle sobre a vida, de admitir que estava “errado”, medo de re-começar em outras bases. É próprio da natureza humana resistir a mudanças intimas profundas, pois elas ameaçam o nosso senso de identidade

Terceiro: Há um medo de ser confrontado por amigos ou familiares, embora creia “secretamente”, como fizeram Nicodemos e José de Arimatéia, “pelo receio” que tinham de seus pares (Jo 19.38-39). Talvez isso explique porque há tão poucas conversões de artistas e famosos quando estão no auge. É mais fácil vê-los confessando sua fé no ocaso da carreira.

Obviamente trata-se de prevenções imaginárias que carecem de fundamento. Deus não rouba a identidade de ninguém, melhora. Deus não tira, acrescenta. Ele não manieta, nem oprime, liberta.

A existência de uma realidade espiritual passa despercebida para a maioria das pessoas, e elas ficam somente  com o óbvio que os olhos enxergam. Faz-me lembrar a história do sujeito que visitou um hospital psiquiátrico e perguntou ao diretor como ele decidia internar um paciente. O diretor disse que enchia uma banheira de água, e entregava um balde, um copo e uma colher. Em seguida pedia que a esvaziasse, e dependendo da resposta era internado. Suspenda esta leitura um instante e pense na resposta que daria. Creio que tanto o visitante, quanto você, encontrou no “balde” a melhor opção, não é mesmo? Mas basta tirar a tampa do ralo. A vida é assim: existem algumas respostas que estão debaixo do nariz, mas não enxergamos.

A bíblia afirma que o “deus” deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que não percebam a realidade de Cristo (2Co 4.4). Há um véu posto sobre os olhos,  há uma cegueira coletiva, e o pior cego é aquele que não quer ouvir. É por isso que num mundo secularizado e materialista como o nosso, seguir a Deus é visto como loucura.

Por outro lado, vivemos um aparente “boom” de religiosidade que passa a impressão que as pessoas querem mais de Jesus, mais do Espírito. Tremendo engano. A maioria das pessoas que entram nas igrejas vão com a mesma mentalidade  de quem se dirige ao shopping para comprar algo que satisfaça um apetite ou desejo (E.Peterson). Elas querem Deus sim, mas apenas de “certa forma”. Resumo da ópera: Deus é aceitável, desde que Ele não interfira nos negócios, nos projetos, na forma de vida, nem venha corrigir ou disciplinar, e que também não imponha goela abaixo um livro com mais de dois mil anos como regra de fé e conduta.

No fundo, estão zombando de Deus, embora, obviamente, ninguém admita tal coisa.   

Tive o prazer de ouvir a canção(*) de uma judia russa radicada nos EUA, chamada Regina Spektor. É uma belíssima letra que diz mais ou menos o seguinte...

Ninguém ri de Deus em um hospital.
Ninguém ri de Deus em uma guerra.
Ninguém está rindo de Deus quando está passando fome, frio ou é muito pobre.

Ninguém ri de Deus quando o médico liga depois de alguns exames de rotina.

Ninguém está rindo de Deus quando ficou muito tarde
E o seu filho ainda não voltou da festa.

Ninguém ri de Deus quando seu avião começa a tremer incontrolavelmente.

Ninguém está rindo de Deus quando vê a pessoa que ama
De mãos dadas com alguém.

Ninguém ri de Deus, quando a polícia bate em sua porta
E diz "Temos más notícias, senhor!".

Mas Deus pode ser engraçado em um coquetel,
Quando se ouve uma boa piada sobre Ele...

Deus pode ser engraçado
Quando lhe é dito que ele lhe dará dinheiro se você ora do jeito certo...
Esta é a mais pura verdade.

Autor: Pr. Daniel Rocha
Li em:  BLOG FRENESI

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