Tenho sido muito edificado através do estudo do livro de Neemias, que na minha concepção, é um dos maiores nomes do VT.
Desde o capitulo Um, quando Neemias é impactado com um choque de realidade, tenho me debruçado sobre essas paginas e viajado literalmente.
Vamos a uma síntese: Neemias recebe o relato de como estavam sua cidade e seus conterrâneos, de como a devastação havia sido aterradora e fica extremamente abatido e triste. Ele se levanta, clama a Deus, e resolve fazer algo para contribuir para a mudança daquela triste realidade.
No capítulo 2 ele, aguardando uma resposta Divina, percebe a oportunidade, ora e toma suas atitudes. No capítulo 3 ele está se direcionando rumo a efetivar sua colaboração transformadora. Arregimenta homens com espírito de cooperação e começa a divisão de tarefas e a reconstrução dos muros.
Agora estamos no capítulo 4. Neemias e seus cooperadores caminham à passos largos rumo ao término do projeto. Nunca se espera tamanho progresso àquela altura, nunca se vira tamanho empenho de homens que faziam parte até mesmo da elite de Jerusalém. Não havia classe social. Todos estavam trabalhando em prol do bem comum.
Mas agora, os inimigos se levantam enfurecidos. Não aceitam o sucesso daquele projeto aparentemente tão ridículo. Sambalate e Tobias começam a incitar outros grupos para que juntos pudessem atacar os construtores e desviá-los do objetivo principal: A Obra.
Quando Neemias e os demais souberam disso, tomaram algumas atitudes importantes, que são o destaque de hoje neste capítulo:
1 – Começaram a orar: “A obra é grande e extensa”. Quando estamos imbuídos na Obra de Deus, quando saímos da nossa zona de conforto, os inimigos e obstáculos aparecem. Nossa primeira atitude deve ser de buscar àquele que é o “Senhor da Obra”. Somente Deus pode nos ajudar para que o projeto siga em frente. “Porque sem mim, nada podeis fazer” João 15:5.
2 – Aceitaram e preparam-se para a nova realidade: Agora a realidade era outra: o muro já não estava totalmente destruído. Os portais já não estavam totalmente destroçados. O vigor físico de muitos também já não era o mesmo. E os inimigos vinham com tudo pra cima deles.
Além de orar, Neemias preparou o povo para combater os inimigos que se levantassem. O desafio agora era maior: uma mão na massa e outra na lança. Preparados para continuar o projeto, mas sabendo que os inimigos sempre estariam à espreita, para trazer insucesso.
Há uma grande lição aqui: Não devemos ignorar nosso Inimigo. Ele tem se levantado contra nós, os que estamos envolvidos na Obra, e isso é fato.
Neemias não levou o grupo a se acovardar, mas fez com que eles entendessem agora o nível de importância daquele projeto.
Quando nos dispomos à sair da zona de conforto e entramos na Obra, temos que saber que estamos lidando com outra realidade, que não agrada em nada ao Inimigo.
Todos aqueles homens passaram a andar preparados para a batalha, pois sabiam que seu projeto desagradara a muitos. Sabiam agora do nível de importância do que faziam.
Concluindo:
Às vezes nos esquecemos que a Obra de Deus resgata vidas das mãos do inimigo. E isso o incomoda. Temos que estar imbuídos na Obra, mas preparados para a batalha. Não podemos deixar que o inimigo traga confusão e discórdia em nosso meio. A Obra é “grande e extensa”. Coisas pequenas não devem atrapalha o bom andamento da Obra. Mas o sucesso só ocorre quando há união e cooperação na realização do projeto.
Prepare-se em Deus. Peça que Ele o capacite para continuar a Obra e para as batalhas.
“Os que edificavam o muro, e os que traziam as cargas, e os que carregavam cada um com uma mão fazia a obra e na outra tinha a arma” (Neemias 4:17).