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domingo, junho 27, 2010

Crise Espiritual - I Reis 19:1-21


Devido a tantos problemas que enfrentamos no dia a dia, somos levados a pensar na possibilidade de uma vida sem problemas, sem doenças, sem miséria, enfim, sem crises. Quem não gostaria de viver isento de qualquer dessas dificuldades? Qualquer um de nós! É nesse anseio humano que entra a teologia da prosperidade, usada em muitas Igrejas como pregação principal. Esses líderes prometem para seus fiéis uma vida sem problemas. A pregação gira em torno da solução e cura de todos os problemas. É só aceitar a Cristo e tudo está resolvido, as enfermidades serão curadas, o dinheiro jamais faltará no bolso, e andar a pé nunca mais, pagar aluguel de jeito nenhum. Esse evangelho é diferente do evangelho que eu conheço, o evangelho de Jesus Cristo. Lamentamos o número de pessoas que vão à Igreja atrás da prosperidade material, não tem qualquer interesse pela vida espiritual.As pessoas estão querendo monopolizar Deus, dando ordens a Deus. O Deus que eu conheço é soberano, é Senhor sobre minha vida, Ele manda e eu obedeço. Não sou eu que mando para Ele obedecer. Não estou dizendo que Deus não abençoa, pois me considero grandemente abençoado por Ele. As crises também contribuem para o nosso bem.
Queremos que todos os crentes entendam, que as crises na vida sempre existiram desde que há mundo. Enquanto houver vida estamos sujeitos a problemas e crises. Tiago nos lembra que não há super-crente e diz: “Elias era homem sujeito as mesmas paixões que nós, e orou com fervor para que não chovesse, e por três anos e meio não choveu sobre a terra” Tg. 5:17. Se não reconhecermos nossas limitações, teremos que viver nossas frustrações.
Quando acreditamos que o crente não fica doente, não peca, não tem falta de dinheiro, não tem problemas no lar, etc; entramos pelo caminho errado e viveremos uma vida de constantes decepções e até dúvidas sobre Deus.
Os que foram mais poderosos em suas vidas espirituais também enfrentaram momentos de grandes crises e desespero; alguns chegaram a pedir a Deus a morte, como no caso de Elias.
Jesus passou por momentos de agonia: “Ele tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e começou a ter pavor e a angustiar-se. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até a morte.” Mc. 14:33 e 34.
Vamos analisar a crise espiritual de Elias, e descobriremos quando e por quê um crente tem crise espiritual.

I- A crise espiritual do crente é ocasionada pelo esquecimento de sua vivência com Deus.
Muitas vezes esquecemos daqueles momentos gostosos que passamos na presença de Deus, esquecemos das orações respondidas, esquecemos das bênçãos recebidas; e achamos que estamos sozinhos em nossa jornada, que ninguém mais está preocupado conosco, e o desânimo toma conta de nossa vida.
Deus nos atendeu tantas vezes, mas quando uma vez responde não a um pedido que lhe fazemos nos sentimos desamparados. Isso é ingratidão! É uma atitude que precisa mudar em nossa vida; pois já chega de viver uma vida espiritual midíucre, precisamos abandonar a vida infantil e crescer espiritualmente. Quando uma criança pede algo a seus pais, e que recebe um não, fica censurando-os, achando que é falta de amor só porque não puderam satisfazer um de seus desejos. Mas o adulto é diferente, ele procura analisar o por quê daquela resposta.
Precisamos reconhecer que muitas de nossas atitudes são infantis em relação a Deus, pois muitas vezes somos incompreensíveis à forma que Deus age conosco, e não aceitamos quando Ele não satisfaz nossos desejos ou interesses.
Foi esse um dos motivos que levou Elias a ter crise em sua vida espiritual.
Achou que por ser um profeta zeloso estaria isento de problemas. “ELE MESMO, porém, foi ao deserto, caminho de um dia; chegou, e assentou-se debaixo de um zimbro e pediu para si a morte, dizendo: Já basta, ó Senhor. Toma agora a minha vida, pois não sou melhor que os meus pais, ….tenho sido zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos. Os filhos de Israel deixaram tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Só eu fiquei, e agora estão tentando matar-me também”. V.4 e 10.
Ele não estava entendendo porque aquela perseguição, uma vez que era um profeta zeloso.
Achava, em outras palavras, que a perseguição que estava passando não era justa.
Quando uma pessoa acha que pode estar isenta de problemas porque é crente, entra em crise espiritual quando aparecem as primeiras dificuldades. A falta de vivência com Deus é o motivo de entender errado a vida cristã. Muitos “crentes” só estão em busca de bênçãos, acham que Deus tem obrigação de resolver todos os problemas, e quando isso não acontece entram em crise. Não podemos esquecer nossa comunhão com Deus, pois quando ela falta perdemos a noção das coisas e invertemos os princípios e valores.

II- A crise espiritual do crente é ampliada quando perde o senso de história.
Este é um ponto muito importante em nossa vida. A história faz parte de nosso viver, e, não podemos esquecer de tudo quanto Deus já fez. Quando Elias por um momento esqueceu da história e de sua própria história, sua crise foi ampliada.
Precisamos olhar para trás e reconhecer a ação de Deus em nossas vidas. Como era minha vida antes de conhecer a Jesus? Como era sua vida? Você gostaria de voltar a ser o que era? Duvido que alguém que tenha experimentado o Dom de Deus queira voltar a trás! Ao contrario, considera como lixo sua vida anterior. Uma pessoa só consciente só troca algo por outro melhor. Ninguém trocaria sua casa ou apartamento por um barraco na favela. Uma pessoa em sã consciência nunca deixaria a luz pelas trevas ou Cristo por belzebu, ou o céu pelo inferno, a alegria de Cristo pela alegria deste mundo. Quando o pródigo deixou seu lar para ir pelo mundo dos prazeres o fez em estado de loucura, por isso a Bíblia diz que depois “caindo em si”, voltando a sanidade, também voltou para casa.
Quando olhamos ao passado, valorizamos o presente e agradecemos tudo que o Senhor tem feito por nós. Quanto livramento! Quantas bênçãos! Quanta alegria no Senhor!
Quem não fica emocionado ao ler a história de José no Egito? De Moisés à frente do povo de Israel? De Josué na conquista de Canaã? De Sansão como Juiz de Israel? De Elias como profeta do Senhor? De Paulo? João? A história da Igreja Primitiva? Os mártires do coliseu Romano? A história acende em nós a fé. Mas estes homens da história nunca estiveram isentos do pecado, sofrimento, cadeias e até martírio. Eles nunca reclamaram do Senhor porque tiveram que passar por tantas provações. Será que não havia teologia da prosperidade ou foi Deus que mudou? Ou este povo não sabia monopolizar Deus?
Muitos crentes estão perdendo o senso de história, porque abandonaram o estudo da Bíblia e a oração. E como conseqüência disso têm um conceito errado de Deus, pouco sabem de Seu poder e por isso facilmente entram em crise espiritual. Passam um período na Igreja e outro no mundo.
Elias havia esquecido por um momento de tudo quanto Deus havia realizado em sua vida e por seu intermédio. O capitulo 17 registra fatos importantes ocorridos em sua vivência com Deus:
Elias orou para não chover, e por três anos e meio não choveu. Tiago 5:17 e I Rs. 17:1
Foi para o deserto e ali os corvos o alimentaram I Reis 17:6
A panela e a botija não secaram enquanto Elias estava na casa I Reis 17:16
Ressuscitou o filho da viúva I Reis 17:21 e 22
No início do capitulo 18 Elias enfrentou 450 profetas de baal e desceu fogo do céu.
Subiu no monte Carmelo e pediu chuva e choveu.
É simplesmente incrível que depois de tantas coisas miraculosas, o homem de Deus entre em crise espiritual, e fuja de Jezabel, que o ameaçou de morte. Confiou em Deus para tantas coisas, mas agora faltava-lhe a confiança. Esqueceu de tudo que o Senhor havia realizado por seu intermédio. Por isso quando perdemos o senso da história, a crise espiritual se amplia.

III- A crise espiritual do crente é superada quando ele ouve a voz de DEUS.
Depois de tanto sofrimento, de ter fugido para o deserto, de pedir ao Senhor a morte; chega a solução para seu momento de crise. Andou 40 dias e 40 noites e chegou no monte Horebe, o monte de Deus. Entrou numa caverna, onde passou a noite. Então lhe veio a palavra do Senhor dizendo: “Que fazes aqui Elias?” Ele respondeu tentando justificar e dizendo que era muito zeloso, e que os filhos de Israel haviam deixado a aliança, haviam derrubado o altar e matado os profetas a espada e que agora tentavam mata-lo também. I Rs. 19:8-10.
Elias estava tentando justificar sua crise, culpando os outros. Em nenhum momento admitiu seu erro. Havia deixado de confiar em Deus, faltou-lhe a fé por um momento.
Deus mandou que Elias saísse da caverna; pois enquanto estava na caverna só via a si próprio. Mas quando saiu, Deus falou com ele, e ele ouviu a voz de Deus.
“Disse-lhe o Senhor: Vem para fora, e põe-te neste monte perante a face do Senhor, pois Ele vai passar. Então um grande e forte vento fendeu os montes e despedaçou as penhas, porém o Senhor não estava no vento. Depois do vento, um terremoto; porém o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto um fogo, porém o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, uma voz calma e suave. E ouvindo-a Elias, envolveu o rosto na capa e saindo pôs-se à entrada da caverna. Então lhe veio uma voz que dizia: Que fazes aqui Elias? Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco. I Reis 19:11 a 15.”
Volta para o lugar de onde você veio. Você andou pelo “teu” caminho, precisas andar pelo MEU caminho. Você perdeu todos estes dias da tua vida porque andou em direção errada, pensou de forma errada, agiu de forma errada, e agora está culpando os outros pelo teu erro.
Agora volta para o lugar de onde viste! A partir do momento que ele ouviu a voz de Deus, acabou a crise; tudo voltou ao normal.
Se você estiver passando por algum momento de crise, é hora de parar e ouvir a voz de Deus, pois Ele quer falar ao teu coração. Ele quer te mostrar quando você errou; Ele deseja que você volte para o lugar de onde saiu. Deus deseja que você volte para o primeiro amor; nos exorta a refazer o nosso caminho. A única pessoa que tem culpa de tua crise espiritual é você mesmo. Você parou de ouvir a voz de Deus para ouvir a voz de Jezabel (símbolo das pessoas deste mundo).
Depois começa se esconder de Deus e da Igreja nas cavernas da vida. Mas Deus lhe chama para fora e te manda retornar ao teu primeiro amor, te manda ouvir sua voz (ler sua palavra e orar).



Conclusão:

Precisamos de sabedoria para enfrentar qualquer crise espiritual e entender que a crise acontece quando esquecemos nossa comunhão com o Senhor, nossa vivência com DEUS. Não vale a pena andar sozinho. A crise espiritual é ampliada quando esquecemos de tudo que Deus tem feito por nós e através de nós; quando perdemos o senso de história. Mas a crise é superada quando paramos para ouvir a voz de DEUS, quando permitimos que Ele fale ao nosso coração com voz mansa e suave. Isso acontece quando paramos em sua presença através de nosso a sós com Ele.

sexta-feira, junho 25, 2010

Oração Simples!

Não existe oração errada. Aliás, a oração errada é aquela que não é feita. A Bíblia Sagrada ensina que se deve orar a respeito de tudo. Orar por qualquer motivo, qualquer hora, qualquer lugar, sempre que o coração não estiver em paz. Tão logo o coração experimente apreensão, preocupação, medo, angústia, enfim, seja perturbado por alguma coisa, a ação imediata de quem confia em Deus é a oração. 

O apóstolo Paulo diz que não precisamos andar ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, com ação de graças, devemos apresentar nossos pedidos a Deus, tendo nas mãos a promessa de que a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará nossos sentimentos e pensamentos em Cristo Jesus (Filipenses 4.6,7). A expressão "coisa alguma" inclui desde uma vaga no estacionamento do shopping center quanto o fechamento de um negócio, o desejo de que não chova no dia da festa quanto a enfermidade de uma pessoa querida.

Esta experiência de oração é chamada de oração simples: orar sem censura filosófica ou teológica, orar sem se perguntar "é legítimo pedir isso a Deus?" ou "será que Deus se envolve nesse tipo de coisa?". Simplesmente orar. 

A garantia que temos quando oramos assim é a paz de Deus em nossos corações e mentes. A Bíblia não garante que Deus atenderá nossos pedidos exatamente como foram feitos: pode ser que a vaga no estacionamento não seja encontrada e que chova no dia da festa. A oração não se presta a fazer Deus trabalhar para nós, atendendo nossos caprichos e provendo o nosso conforto. Já que a causa da oração simples é a ansiedade, a resposta de Deus é a paz. O resultado da oração não é necessariamente a mudança da realidade a respeito da qual se ora, mas a mudança da pessoa que ora. A mudança da situação a respeito da qual se ora é uma possibilidade, a mudança do coração e da mente da pessoa que ora é uma realidade. Deus não prometeu dizer sim a todos os nossos pedidos, mas nos garantiu dar paz e nos conduzir à serenidade. Não prometeu nos livrar do vale da sombra da morte, mas nos garantiu que estaria lá conosco e nos conduziria em segurança através dele. 

O maior fruto da oração não o atendimento do pedido ou da súplica, mas a maturidade crescente da pessoa que ora. Na verdade, a estatura espiritual de uma pessoa pode ser medida pelo conteúdo de suas orações. Assim como sabemos se nossos filhos estão crescendo observando o que nos pedem e o que esperam de nós, podemos avaliar nosso próprio crescimento espiritual através de nossos pedidos e súplicas a Deus. As orações revelam o que realmente ocupa nossos corações, o que realmente é objeto dos nossos desejos, o que nos amedronta, nos desestabiliza e nos rouba a paz. 

O apóstolo Paulo diz que quando era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Mas quando se tornou homem, deixou para trás as coisas de menino (1Coríntios 13.11). Não existe oração certa e errada. Mas existe oração de menino e oração de homem. Oração de menina e oração de mulher. A diferença está no coração: coração de menino e de menina, ora como menino e menina. A nossa certeza é que Deus também gosta de crianças.


quarta-feira, junho 23, 2010

Lá vai o crente chuchu...

O crente chuchu, é aquele que assimila o sabor alheio; que não influencia em nada o gosto da comida; que não tem personalidade no universo culinário. Querido, não seja crente chuchu, mas seja você mesmo. 

Você já ouviu falar a respeito do crente chuchu? Não? Ah! Mas são muitos. Quem sabe você está sentado ao lado de um... Mas não vá cometer a bobagem de perguntar se é ele, tá? E se for você o tal? Já imaginou a sua reação se alguém chegar e disser: “diz aí, crente chuchu!” Eu não acredito que haja alguém com tamanha cara-de-pau, (se bem que tem gente pra tudo), mas que às vezes dá uma vontade... Bom, vamos definir o crente chuchu. Você já conhece essa linguagem, não é? Ex. O crente cebola, é aquele que faz a gente chorar; o crente calhambeque, só vai no empurrão; crente macaco, vive de galho em galho; o crente celular, vive chiando ou fora de área, etc. Pois bem, o crente chuchu, é aquele que assimila o sabor alheio; que não influencia em nada o gosto da comida; que não tem personalidade no universo culinário. É como se diz no popular: “nem cheira, nem fede”. Nesse aspecto, temos muitos dentro de igrejas que se encaixam nessa definição. Gente sem luz própria, sem qualquer influência, sem ministério, sem servir ao corpo. São aqueles de Apocalipse 3:15 e 16, que não são nem frios nem quentes, mas mornos, e que causam náuseas no Senhor. São aqueles que, por não terem sua própria experiência com Deus, vivem da experiência dos outros, do que os outros lêem, meditam e descobrem na Palavra de Deus. Andam sempre inseguros, inconstantes, frágeis, por não terem raiz própria. É como o chuchu mesmo, que precisa sempre de uma cerca para se segurar. Pessoas que não sabem o que querem; não param em igreja alguma, vivem trocando de pastor, de irmãos, de doutrina; nunca estão contentes com nada, vivem em busca de aventuras espirituais; estão sempre abertas a tudo, não selecionam nada, ouvem qualquer profecia, lêem qualquer livro, escutam qualquer música, enfim, vivem numa salada existencial e espiritual, sem qualquer firmeza ou definição para a sua vida. O crente chuchu é facilmente influenciado por falsos ensinos, ou comportamentos estranhos de outros legumes dessa salada, como o crente jiló, por exemplo, amargo...! Querido, não seja crente chuchu, mas seja você mesmo. Você tem uma identidade espiritual, uma função definida, prática e abençoadora no corpo de Cristo e na sua igreja local. Mostre a sua cara, seus talentos, o que você recebeu de Deus para abençoar o seu povo. Envolva-se, participe, contribua. Também vença a tentação de seguir os modismos, pois eles passam. Firme os pés na Palavra de Deus, abra os olhos e veja bem por quem você está sendo instruído, assimile o que vem de Deus, mas deixe vir à tona do seu jeito, com as suas características. Seja autêntico e firme, e que Deus te abençoe. 

Força para viver


Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.


Viver é muito perigoso, dizia Guimarães Rosa pela boca do memorável Riobaldo. A vida tem mesmo seus altos e baixos e, além da dificuldade de saber a direção, falta a cada um a força e a competência de seguir em frente. Os obstáculos se multiplicam. A vida é contingente: cheia de imprevistos e surpresas, boas e ruins. Uma proposta para morar longe, um diagnóstico inesperado, a chegada de um bebê, um assalto, um desmoronamento, o cancelamento do vôo, a festa de aniversário, os amigos ao redor da mesa e a demissão inesperada. Além disso, a doença da mãe, o imposto de renda, as aventuras dos filhos e o sobrepeso, obesidade mesmo, denunciada pelo espelho e pela calça que já não se usa mais. E tem também a teimosia dos vícios, as dores da alma, a insegurança emocional, os conflitos relacionais, a culpa, o medo, a ansiedade e a síndrome do pânico – ai que medo. Tem que arrumar o quarto, buscar a roupa na lavanderia, votar para presidente e superar o divórcio. O show não pode parar. E porque viver é muito perigoso, aprender a viver é imperativo.

Como enfrentar a travessia? Já que navegar é preciso e viver não é preciso, como dizia o poeta português. Viver é necessário. É preciso viver, não há que desistir da vida. Mas viver é perigoso, justamente porque não é preciso – não é exato. Não é possível singrar a vida como quem corta os mares. A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá, disse o Chico brasileiro.

Acho que foi por isso que o sábio Salomão começou a escrever seu Eclesiastes. Queria aprender a viver. Dedicou o coração para saber, inquirir e buscar a sabedoria e a razão das coisas. E concluiu que a verdade está no distante e profundo. A vida é mistério. Viver continuará sendo sempre perigoso.

Então apareceu Jesus. Não negou a contingência da vida, nem iludiu os seus com promessas falsas e fantasiosas. Mas apontou um caminho. Apresentou seu Pai aos homens e os homens ao seu Pai. Autorizou todo mundo a buscar, usar e abusar de seu Pai.

Jesus disse a todos: Chamem pelo Abba. Ele os ouvirá. Falem com ele em meu nome. Batam na porta. Busquem. Peçam. Gritem. Importunem meu Pai, de dia e de noite. A porta se abrirá. Vocês acharão o meu Pai. Vocês receberão respostas. Serão recompensados pela sua busca, jamais ficarão sem galardão. Meu Pai é atento e cuidadoso. Meu Pai é bom. Meu Pai é amor. Não tenham medo dele. Não se escondam dele. Não fujam dele. Corram para os braços dele. Ele cuida de flores e passarinhos. Vai cuidar de vocês. Sigam os meus passos. Foi o que fiz. Fechem a porta do quarto e façam suas orações. Eu atravessei a vida de joelhos. E venci. Eu venci o mundo, eu venci o mal, eu venci a morte. E vocês também poderão vencer. Não desistam. Não tenham medo. Viver é perigoso. Mas a graça do meu Pai é maior que vida.


Super Homem de meia tigela!

"Então Deus me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo." (Apóstolo Paulo - II Coríntios 12:9)
Existem pessoas que vivem fora da realidade, como as estórias do super homem, ou se preferir, superman (aquele simples repórter do Planeta Diário, que tem super poderes e que combate o mal!). Arrisco em pensar que muitas pessoas gostariam na verdade de serem simples mortais, mas com super poderes, como o superman... você já parou alguma vez para pensar nisso?! Não!? Então, pense agora: se você um simples ser humano pudesse ter 03 super poderes, quais você escolheria?! Poder para voar?! Super força?! Visão além do alcance?! Poder para ler os pensamentos das pessoas?! Ser super veloz para fazer as coisas?! Poder para controlar as tempestades?! outros?!
Muitas pessoas querem se mostrar "super", por medo de expor suas fraquezas, porque tem dificuldades de assumir sua humanidade. Somos assim na maioria das vezes, criamos personagens para impressionar as outras pessoas e criar uma boa e positiva imagem de nós mesmos, para sermos bem aceitos. Temos na verdade pavor da possibilidade de sermos rejeitados, quando as pessoas descobrirem o que na verdade somos, e nossos terríveis defeitos. E nesta triste situação maquiamos nossa realidade e nos apresentamos como um "super alguma coisa" (invente um super herói para você!). Esse pecado tem alguns nomes: auto-suficiência, orgulho, soberba, arrogância, mentira, engano, etc.
É aquela mulher que se julga a mais linda, a super sensual, que abusa da sua imagem para seduzir, chamar a atenção, ser desejada, simplesmente porque só tem a embalagem, a capa da revista, mas não tem conteúdo nenhum, não possui bons valores em si e seu caráter é corrompido e desprezível. E quando descobrem o que na verdade ela é, passa a ser tratada como um mero objeto sexual.
Há pessoas que são verdadeiros artistas da vida, pois vivem representando uma boa imagem, um bom papel no teatro da vida, mas quando chegam no camarim da solidão, borram a maquiagem com lágrimas de sua triste condição humana: elas não são na verdade o que todo mundo pensa que elas são, tudo não passa de uma farsa bem montada para comprar a aceitação da opinião pública. Essa situação é uma verdadeira prisão da alma, porque a mentira aprisiona, porém a verdade liberta de toda escravidão.
Pare um minuto e pense: qual é a fraqueza que você esconde das pessoas, para não ficar vunerável?!
Saiba de uma verdade: Deus te ama e te aceita do jeito que você é, com todos os defeitos, fraquezas e pecados que você possui. Deus é perfeito e te ama com todas as suas imperfeições. O mais importante nessa vida é ser aceito por Deus.
Não vale a pena viver na mentira, posando de "super", quando na realidade todos nós sabemos que isso é uma grande mentira. Por que ficar alimentando em nosso ego um "super homem" que não existe?! Se você não se aceita do jeito que você é, ninguém mais te aceitará.
Sabe, reconheço que sou um pecador, reconheço que tenho frauqezas terríveis (que na verdade não gostaria de ter!), reconheço também todas as minhas limitações... e com isso quero a partir disso ser "super", não "super homem", mas uma pessoa SUPER DEPENDENTE DA GRAÇA DE DEUS, porque isso me basta, porque todas as fraquezas da minha humanidade são as melhores oportunidades para Deus manifestar seu poder em minha vida. Quando me sinto fraco em alguma área da minha vida, quando me sinto limitado em minha humanidade, lembro-me que nesse momento só preciso da SUPERABUNDANTE GRAÇA DE DEUS que me fortalece e faz de mim uma pessoa super feliz, sem que eu precise usar máscaras, maquiagem ou criar personagem para comprar a aceitação das pessoas, e assim estou livre de uma grande mentira.
Conheço muitas pessoas que hoje sofrem da "síndrome do superman", pessoas que não assumem o que na verdade são, que fingem ter super poderes, que quando suas limitações humanas se manifestam entram em desespero, pensam em desistir da vida, dos sonhos, porque o medo da frustração apavora suas almas. Também já fui assim, mas não sofro mais com isso. Hoje sou um super, super dependente de Deus. Ele me é suficiente, Ele me basta. Deus me ama e me aceita do jeito que eu sou. E isso me basta.
Tenho problemas como qualquer outro ser humano, a diferença é que descobri uma super solução: nas minhas fraquezas e limitações humanas, Deus tem as melhores oportunidades de agir em minha vida com seu grande poder e quando Ele age tudo dá super certo e mui bem sucedido.
Sabe desde que decidi ser super dependente da graça de Deus, algo muito importante aconteceu em minha vida: O SUPER HOMEM QUE HAVIA EM MEU EGO MORREU...
Mate o "super homem" que há em seu ego e dependa exclusivamente da superabundante graça de Deus para viver e serás uma pessoa verdadeiramente super feliz!
Por André Veríssimo



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quinta-feira, junho 17, 2010

Decisões Certas!

A vida é feita de decisões. E cada decisão que tomamos, fazemos com que o nosso futuro seja de alegria e felicidade ou de tristeza e dor. Tristeza e dor por ter tomado a decisão errada e como conseqüência, a falta de sucesso ao alcançar os objetivos tão desejados.Alegria e felicidade por ter tomado a decisão certa e como conseqüência, ter atingido as metas antes planejadas
Agora a questão é: Qual decisão vocêtem tomado no seu dia a dia?
A Bíblia nos relata inúmeros exemplos de personagens que ao tomar uma decisão errada, teve sua vida e seus sonhos interrompidos por grandes perdas e fracassos. Podemos tirar como exemplo a lucifer, que mesmo sendo um ser divino, tomou uma decisão muito errada. Ele era o mais belo, sábio e poderoso ser criado por Deus. Era também querubim e nada menos que o regente do coro celestial, isso antes de acalentar seu próprio ego com desejos e sonhos impossíveis para uma criatura. Este anjo desejou o trono de Deus. (Ezequiel 28:15; Isaias 14:13,14). Lucifer em algum momento achou-se independente de Deus e com isso tomou a pior decisão de sua história: levantou-se contra Deus. Seu fim e castigo eterno todos sabemos.
O que queremos passar a você amado irmão(a), a você que faz parte de um coral, canta ou até mesmo toca algum instrumento na igreja do Senhor Jesus,
é que, os resultados negativos ou positivos em sua vida trata-se justamente nas decisões que você tem tomado ou que você tomou.
Digo estes resultados negativos e positivos de um modo geral, tanto em sua vida particular como também no dom musical que você tem recebido.
Não podemos imaginar o que você tem passado para crescer em seu ministério, ou quão grandes lutas você tem enfrentado na sua vida,
a questão novamente é, qual a decisão que você tem tomado no seu dia a dia? Que atitude você tem tomado em relação ao que tem passado ou enfrentado no momento?
Nunca jamais se baseie no que sabes, pois lucifer fez de sua grandeza o seu alicerce, e por conta disto caiu. Lembre sempre, o que temos vem do alto e direto das mãos de Deus, e para que possamos progredir em tudo que desejamos.
Temos que ter esta consciência:  sem Deus, sem uma vida íntima com Deus; nada posso, nada sou. Devemos sempre ser sensíveis a voz de Deus, para sempre tomarmos a decisão certa.
Reflita na sua vida, nas suas atitudes e veja por si mesmo, se as decisões que você tem tomado são decisões certas:
1° princípio -  Para tomar boas decisões, observe todos os fatos. “Responder antes de ouvir, é estultícia e vergonha.” (Provérbios 18:13)
2º princípio - Mantenha a mente aberta a novas ideias.  “O coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos sábios busca conhecimento.” (Provérbios 18:15)
3º princípio -  Ouvir ambos os lados da história ajuda numa decisão certa.  “O que primeiro começa o seu pleito parece justo; até que vem o outro e o examina.”(Provérbios 18:17)
4º princípio – Se tens dificuldade em tomar decisões, peça a ajuda de Deus. “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos.” (Tiago 1:5-8)
5º princípio – Confie em Deus, e não em si mesmo, quando necessitar de direção.  “Assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” (Provérbios 3:4-6)
6º princípio - A oração ajuda o processo de tomar decisões. Jesus usou este método antes de escolher os discípulos.  “Naqueles dias retirou-se (Jesus) para o monte a fim de orar; e passou a noite toda em oração a Deus.” (Lucas 6:12)
7º princípio – É importante ter humildade quando pedimos a Deus para nos ajudar a tomar boas decisões.  “Guia os mansos no que é reto, e lhes ensina o seu caminho”. (Salmos 25:9)


quarta-feira, junho 16, 2010

Uma palavra para nós - NÃO BASTA IR MAIS RÁPIDO!

Para quem deseja independência para fazer o que gosta.Toda terça almoço com um grupo de oito profissionais. Todos jovens, sadiamente ambiciosos e acreditando que um dia vão dar a tacada certa. Em comum, o desejo de conciliar o sucesso profissional com a qualidade de vida pessoal, ou como disse Jesus, descobrir como ganhar o mundo sem perder a alma. Aliás, vez por outra discutimos a respeito de quem foi que disse que temos mesmo que ganhar o mundo, e se o projeto de ganhar a alma já não seria suficientemente desafiador e compensador. Mas o fato é que todos temos que defender o leite das crianças e já que estamos metidos no mercado, buscamos encontrar caminhos menos opressivos e estressantes. Nem precisa dizer que ninguém está contente com a vida de assalariado. 

Dia desses a conversa começou quando um deles me perguntou como poderia fazer um plano de vida e carreira que o levasse à independência financeira de modo a poder se dedicar às coisas que realmente acredita, sabe e gosta de fazer. Essa foi fácil. A resposta já estava embutida na pergunta. Não tenho a menor dúvida que a independência financeira não é um pré-requisito para que alguém se dedique ao que acredita, sabe e gosta de fazer. Justamente ao contrário: a independência financeira é uma conseqüência natural para quem se dedica ao que acredita, sabe e gosta de fazer. Em outras palavras, o segredo do sucesso é a vocação. 


Aristóteles disse que onde suas habilidades se cruzam com as necessidades ao seu redor, aí está sua vocação. O gênio definiu uma equação com três conceitos: habilidades mais necessidades igual a oportunidades. Para mim, vocação é a maneira como Deus se expressa através de uma pessoa. Todo mundo tem uma centelha da divindade, que os teólogos dizem estar embutida na imago Dei, a imagem e semelhança de Deus, segundo a qual foram criadas todas as pessoas. Acredito nisso. Os consultores chamam isso de talento. Eu chamo de vocação. 

Talento é uma habilidade que você tem. Vocação é uma coisa que você é. Por exemplo, uma mulher cujo talento é costurar usa seu talento enquanto está costurando. Mas costurar é uma habilidade. A vocação é algo mais fundo, mais intrínseco à natureza da pessoa. Algo como ser bom com pessoas, ser bom com raciocínio abstrato, ser bom com música, ser bom de coordenação motora e por aí vai. Ou então ser criativo, ter senso de humor, ser empático, isto é, saber se colocar nos sapatos do outro. Observe que o sujeito que é criativo é capaz de encontrar soluções no trabalho, mas também tem grandes sacadas para resolver conflitos familiares ou simplificar uma reunião de condomínio [Vai ser criativo assim lá longe!] 

O segredo, portanto, é você identificar quem você é, como você funciona, qual é o conjunto de habilidades embutidas na sua natureza individual e singular. O grande lance é discernir o que é que você faz "com o pé nas costas" ou o que você faz naturalmente, como uma extensão de você mesmo. Em seguida você tem que buscar a excelência. Fazer como o Michael Jordan, que praticava mais de mil arremessos diariamente. Depois, você identifica o mercado, isto é, faz uma lista de quem são as pessoas e ou organizações que precisam desse seu jeitão peculiar de ser. Saber quem pode se beneficiar da sua vocação é meio caminho andado. Aí está a oportunidade. O último passo é você embalar a coisa de maneira atrativa para o seu mercado. 


Aquela lengalenga de formar filho doutor, e que profissionais bem sucedidos são aqueles que cursaram universidade e arrumaram um bom emprego é coisa do passado. Não é isso que ensino aos meus filhos. O que quero para meus filhos é que eles identifiquem sua vocação, seu pool de talentos. Depois a gente pergunta onde eles podem desenvolver ao máximo esse mix singular que Deus lhes deu. Pode ser uma universidade, um estágio na floresta Amazônica, dias inteiros, inclusive finais de semana, atrás de um balcão, num laboratório dissecando rãs, ou quem sabe, atrás de um teclado de computador ou pilotando um fogão. 


Você já ouviu falar em Jim McCann? Pois o camarada tinha uma pequena floricultura em Manhattam e hoje é o dono da 1-800-FLOWERS, a maior fornecedora de flores do mundo, onde se pode enviar flores e outros badulaques bonitinhos através de um clique no mouse ou discando um 1-800 que eu não sei qual é, até porque os caras não entregam no Brasil.


E no senhor Irineu Evangelista de Souza, já ouviu falar? Talvez não, mas você sabe quem é. Entrou para a história como o Barão, e depois, Visconde de Mauá. Começou como balconista de uma loja de tecidos, e foi também caixeiro. Depois foi trabalhar numa empresa de importação, onde ainda na adolescência foi o homem de confiança do patrão, aos 23 foi promovido a gerente, logo depois, se tornou sócio da firma, e aos 32 já era um dos homens mais ricos do Império. Foi quando decidiu investir na construção dos estaleiros da Companhia Ponta da Areia, em Niterói (RJ), o que o tornou fundador da indústria naval brasileira. Foi também banqueiro, participou da construção de ferrovias e rodovias e da implantação de uma companhia de gás para iluminação pública. Gostaria de saber em que escola se aprende isso. Abre mais parêntesis. É bem verdade que antes de morrer ele dissolveu todo o patrimônio para pagar dívidas e você pode dizer que ele ganhou o mundo e perdeu a alma, e depois perdeu o mundo que havia ganhado. Há controvérsias. E caso você tenha razão, acho que ele poderia ter se beneficiado muito dos meus almoços às terças. (Vai ser pretensioso assim lá longe!). Fecha parêntesis. 


O fato é, companheiro, (achavas que eu ia esquecer o Luiz Inácio Lula da Silva?), que o futuro é dos que são capazes de transformar seu mix de talentos em produto ou serviço. Estes são os que têm um profundo senso de sua vocação e sabem onde querem chegar. No meio do caminho vão encontrando meios de se aperfeiçoar, aprender, crescer. Eles não esperam chegar lá para que depois se dediquem a uma coisa que eles acreditam, sabem e gostam de fazer. Eles chegam lá exatamente porque se dedicam a fazer uma coisa que acreditam, sabem e gostam de fazer. Ou como disse Eric Liddell, uma das estrelas inglesas dos Jogos Olímpicos de 1924, "para ser campeão não basta correr mais rápido, é preciso gostar de correr".


Extraído: IBAB

Fome corrupta

O homem tem fomes.

Fome de alimentos, de referências, de incidentes que o façam sair da rotina, fome de crescer, fome de conhecimento, de reconhecimento... E justamente por ser algo tão natural, é que corremos perigos constantes.

Começou no Éden a bagunça. Adão e Eva, nossos pais, de abençoados para serem frutíferos, alguém, o cão, o tinhoso, o coisa-ruim, pôs-lhes na cabeça que precisavam de algo: de comerem para serem abençoados (serem como Deus, possuírem poder, etc...).

A coisa se inverteu.

De já possuidores de tudo, posto que eram herdeiros de tudo que o Todo Poderoso possui, creram na balela que necessitavam de comer algo extra para terem o que julgavam não possuir e de... serem abençoados.

E por ai seguimos nós.

No nosso senso de prejuízo, de carência, de necessidade, damos com os burros n'água fazendo péssimos negócios, tratos, contratos, frutos de decisões tomadas no afogadilho e no imperativo do desespero.

Pode verificar: a moça, avançada em solterice, quase sempre se casa com o primeiro cafageste que lhe estenda a mão. O dono do carro, afogado em dívidas, vende a sua propriedade pela pior oferta, desde que esta lhe venha primeiro... O crente desesperado, abre mão do que acredita e oferece a sua alma a quem quer que lhe apareça primeiro e faça a oferta. Seja ela qual for.

Vendemos mal, compramos mal, decidimos mal, quando tudo isso vem pressionado pelo peso da urgência ditadora da falta. Não temos (ou julgamos precisar), corremos para conseguir.

Quando meditamos no que Jesus passou na sua primeira e grande provação, ao menos registrada nas Escrituras, vemos que a sua vitória não aconteceu sobre o diabo, mas sobre si mesmo - sobre o seu senso de necessidade, legítima ou não, mas daquilo tudo o que a sua carne dizia precisar. A sua vitória foi contra esse imperativo que nos pressiona e nos faz, via de regra, prejudicar.

Paulo, na sua carta aos Gálatas (4:1-7), nos lembra que, enquanto somos pequenos, imaturos, não temos ciência do que já possuímos (como filhos e herdeiros do Rei) e só vemos aquilo que o filho do servo vê - a sua necessidade. Não sabemos o que somos, só do que julgamos necessitar.
Como um bebê que não vê a mãe o amamenta e é abençoado com a identidade que comungam, mas somente a fonte - em primeiro plano - o seio, de onde vem o alimento, de quem quer que o tenha... Assim muitos de nós temos ainda uma relação pobre, miserável tanto quanto o nosso senso de necessidade nos dita com Aquele que é o Senhor de tudo e de todos.

Ninguém se lembra do que o mesmo apóstolo afirmou em Efésios (1:3): "fomos (já) abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais em Cristo".

Por isso, vai dai, que as nossas TVs estão inundadas por esses apelos e de gente à cata de bênçãos. E chamam a isso de fé. E vão-se mais e mais, caminhando atrás do primeiro seio, da primeira mão que os alimentar. Como aliás aconteceu naquele dia no jardim e que podia acontecer, se Jesus tivesse se dobrado ao diabo, no deserto.

Que Deus nos livre desse imperativo. E nos faça crescer Nele.

“ Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo; (…) Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.” Gl 4:1,3-7

Extraído: 


domingo, junho 06, 2010

Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira

PREÂMBULO

Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser designados pelo nome “batista” se caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições eles estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que professavam. Mas suas exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de novo”. A designação surgiu no século XVII, mas aqueles discípulos de Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana.Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:
1º - A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta.
2º - O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.
3º - A separação entre Igreja e Estado.
4º - A absoluta liberdade de consciência.
5º - A responsabilidade individual diante de Deus.
6º - A autenticidade e apostolicidade das igrejas.
Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse princípio da cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses fins, organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos.Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições. Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra de Deus. É o que faz agora a Convenção Batista Brasileira, nos 19 artigos que se seguem:

I - ESCRITURAS SAGRADAS
A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana (01). É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens (02). Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo (03). Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus (04). Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina (05). Revela o destino final do mundo e os critérios pelos quais Deus julgará todos os homens (06). A Bíblia é autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem seu aferidas a doutrina e a conduta dos homens (07). Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo (08).
(01) Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; I Pe 1.25; I Pe 1.21.
(02) Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 24.44,45; 16.29; Rm 16.25,26; I Pe 1.25.
(03) Ex 24.4; II Sm 23.2; At 3.21; II Pe 1.21.
(04) Lc 16.29; Rm 1.16; II Tm 3.16,17; I Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.4
(05) Sl 19.7-9; Sl 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; II Tm 3.15-17.
(06) Jo 12.47.48; Rm 2.12,13.
(07) II Cr 24.19; Sl 19.7-9; Is 34.16; Mt 5.17,18; Is 8.20; At 17.11; Gl 6.16; Fp 3.16; II Tm 1.13.
(08) Lc 24.44,45; Mt 5.22,28,32,34,39; 17.5; 11.29,30; Jo 5.39, 40; Hb 1.1,2; Jo 1.1,2,14.

II - DEUS
O único Deus vivo e verdadeiro é espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e onipresente; é perfeito em santidade; justiça, verdade e amor (01). Ele é criador, sustentador, redentor, juiz e senhor da história e do universo, que governa pelo Seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno propósito e graça(02). Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições (03). Por isso, a Ele devemos todo o amor, culto e obediência (04). Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas distintas mas sem divisão em sua essência (05).
(01) Dt 6.4; Jr 10.1; Sl 139; I Co 8.16; I Tm 2.5,6; Ex 3.14; 6.2,3; Is 43.15; Mt 6.9; Jo 4.24; I Tm 1.17; Ml 3.6; Tg 1.17; I Pe 1.16,17.
(02) Gn 1.1; 17.1; Ex. 15.11-18; Is 43.3; At 17.24-26; Ef 3.11; I Pe 1.17.
(03) Ex 15.11; Is 6.2; Jó 34.10.
(04) Mt 22.47; Jo 4.23,24; I Pe 1.15,16
(05) Mt 28.19; Mc 1.9-11; I Jo 5.7; Rm 15.30; II Co 13.13; Fp 3.3.

1. DEUS PAI
Deus, como Criador, manifesta disposição paternal para com todos os homens (01). Historicamente Ele se revelou primeiro como Pai ao povo de Israel, que escolheu consoante os propósitos de sua graça (02). Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção (03). Aqueles que aceitam Jesus Cristo e n’Ele crêem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo seu Espírito, e, assim, passam a tê-lo como Pai celestial, d’Ele recebendo proteção e disciplina (04).
(01) Is 64.8; Mt 6.9; At 17.26-29; I Co 8.6; Hb 12.9.
(02) Ex 4.22,23; Dt 32.6-18; Is 1.2,3; Jr 31.9.
(03) Sl 2.7; Mt 3.17; Lc 1.35; Jo 1.12.
(04) Mt 23.9; Jo 1.12,13; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.4-7; Hb 12.6-11.

2. DEUS FILHO
Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus (01). N’Ele, por Ele e para Ele, foram criadas todas as coisas (02). Na plenitude dos tempos Ele se fez carne, na pessoa real e histórica de Jesus Cristo, gerado pelo Espírito Santo e nascido de Virgem Maria, sendo em sua pessoa verdadeiro Deus e verdadeiro homem (03). Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem (04). Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e obedeceu a toda a vontade de Deus (05). Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando as culpas de nossos pecados, conquanto Ele mesmo não tivesse pecado (06). Para salvar-nos do pecado morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à destra do Pai, exerce o seu eterno Supremo Sacerdócio (07). Jesus Cristo é o Único Mediador entre Deus e os homens e o Único suficiente Salvador e Senhor (08). Pelo seu Espírito Ele está presente e habita no coração de cada crente e na Igreja (09). Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para julgar os homens e consumar sua obra redentora (10).
(01) Sl 2.7; 110.1; Mt 1.18-23; 3-17; 8.29; 14.33; 16.16,27; 17.5; Mc 1.1; Lc 4.41; 22.70; Jo 1.1,2; 11.27; 14.7-11; 16.28.
(02) Jo 1.3; ICo 8.6; Cl 1.16,17.
(03) Is 7.14; Lc 1.35; Jo 1.14; Gl 4.4,5.
(04) Jo 14.7-9; Mt 11.27; Jo 10.30, 38; 12.44-50; Cl 1.15-19; 2.9; Hb 1.3.
(05) Is 53; Mt 5.17; Hb 5.7-10.
(06) Rm 8.1-3; Fl 2,1-11; Hb 4.14,15; I Pe 2.21-25
(07) At 1.6-14; Jo 19.30,35; Mt 28.1-6; Lc 24.46; Jo 20.1-20; At 2.22-24; I Co 15.4-8.
(08) Jo 14.6; At 4.12; I Tm 2.4,5; At 7.55,56; Hb 4.14-16; 10.19-23.
(09) Mt 28.20; Jo 14.16,17; 15.26; 16.7; I Co 6.19.
(10) At 1.11; I Co 15.24-28; I Ts 4.14-18; Tt 2.13.

3. DEUS ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina (01). É o Espírito da Verdade (02). Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas Escrituras (03). Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina (04). No Dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, Ele se manifestou de maneira singular e irrepetível, quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo que é Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos, confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que crêem (05). O batismo no Espírito Santo sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à igreja (06). Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica (07). Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (08), opera a regeneração do pecador perdido (09),sela o crente para o dia da redenção final (10),habita no crente (11), guia-o em toda a verdade (12), capacita-o para obedecer à vontade de Deus (13). Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo (14). Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para a vida cristã vitoriosa e testemunhante (15).
(01) Gên. 1:2; Jó 23:13; Sal. 51:11; 139:7-12; Is. 61:1-3; Luc. 4:18,19; João 4:24; 14:16,17; 15:26; Heb. 9:14; I João 5:6,7; Mat. 28:19
(02) João 16:13; 14:17; 15:26
(03) Gên.1:2; II Tim. 3:16; II Ped. 1:21
(04) Luc. 12:12; João 14:16,17,26; I Cor. 2:10-14; Heb. 9:8
(05) Joel 2:28-32; At. 1:5; 2:1-4; Luc. 24:29; At. 2:41; 8:14-17; 10:44-47; 19:5-7; I Cor. 12:12-15
(06) At. 2:38,39; I Cor. 12:12-15
(07) João 14:16,17; 16:13,14
(08) João 16:8-11
(09) João 3:5; Rom. 8:9-11
(10) Ef.4:30
(11) Rom. 8:9-11
(12) João 16:13
(13) Ef. 5:16-25
(14) I Cor. 12:7,11; Ef. 4:11-13
(15) Ef. 5:18-21; Gál. 5:22-23; At. 1:8

III - O HOMEM
Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem e conforme à sua semelhança e disso decorrem o seu valor e dignidade (01). Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar (02). Seu espírito procede de Deus e para Ele retornará (03). O Criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada (04). Criado para a glorificação de Deus (05), seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir sua divina vontade (06). Ser pessoal e espiritual, o homem tem capacidade de perceber, conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual e experimentalmente, a verdade revelada, e para tomar suas decisões em matéria religiosa, sem a mediação, interferência ou imposição de qualquer poder humano, seja civil ou religioso (07).
(01) Gên. 1:26-31; 18:22; 9:6; Sal. 8:1-9; Mat. 16:26
(02) Gên. 2:7; 3:19; Ecl. 3:20; 12:7
(03) Ecl. 12:7; Dan. 12:2,3
(04) Gên. 1:21; 2:1; Sal. 8:3-8
(05) At. 17:26-29; I João 1:3,6,7
(06) Jer. 9:23,24; Miq. 6:8; Mat. 6:33; João 14:23; Rom. 8:38,39
(07) João 1:4-13; 17:3; Ecl. 5:14; I Tim. 2:5; Jó 19:25,26; Jer. 31:3; At. 5:29; Ez. 18:20; Dan. 12:2; Mat. 25:32,46; João 5:29; I Cor. 15; I Tess. 4:16,17; Apoc. 20:11-30

IV - O PECADO
No princípio o homem vivia em estado de inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus (01). Mas, cedendo à tentação de Satanás, num ato livre de desobediência contra seu Criador, o homem caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado (02). Em conseqüência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza, pecadores e inclinados à prática do mal (03). Todo pecado é cometido contra Deus, sua pessoa, sua vontade e sua lei (04). Mas o mal praticado pelo homem atinge também o seu próximo (05). O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Cristo, o Filho de Deus, como Salvador pessoal (06). Como resultado do pecado, da incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus (07). Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo (08).
(01) Gên. 2:15-17; 3:8-10; Ecl. 7:29
(02) Gên. 3; Rom. 5:12-19; Ef. 2:12; Rom. 3:23
(03) Gên. 3:12; Rom. 5:12; Sal. 51:15; Is. 53:6; Jer. 17:5; Rom. 1:18-27; 3:10-19; 7:14-25; Gál. 3:22; Ef. 2:1-3
(04) Sal. 51:4; Mat. 6:14,15; Rom. 8:22
(05) Mat. 6:14, 15; 18:21-35; I Cor. 8:12; Tiago 5:16
(06) João 3:36; 16:9; I João 5:10-12
(07) Rom. 5:12-19; 6:23; Ef. 2:5; Gên. 3:18; Rom. *:22
(08) Rom. 3:20,23; Gál. 3:10,11; Ef. 2:8,9

V - SALVAÇÃO
A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor (01). O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz (02). A salvação é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser (03). É um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação (04).
(01) Sal. 37:39; Is. 55:5; Sof. 3:17; Tito 2:9-11; Ef. 2:8,9; At. 15:11; 4:12
(02) Is. 53:4-6; I Ped. 1:18-25; I Cor. 6:20; Ef. 1:7; Apoc. 5:7-10
(03) Mat.16:24; Rom.10:13; I Tess. 5:23,24; Rom. 5:10
(04) Rom. 6:23; Heb. 2:1-4; João 3:14; I Cor. 1:30; At. 11:18
A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer de novo o pecador perdido, dele fazendo uma nova criatura em Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito Santo. Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito Santo, é por ele selado para o dia da redenção final, e é liberto do castigo eterno dos seus pecados (01). Há duas condições para o pecador ser regenerado; arrependimento e fé. O arrependimento implica em mudança radical do homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte do pecador (02). Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com Deus, que lhe concede perdão, justiça e paz (03).
(01) Deut. 30:6; Ez. 36:26; João 3:3-5; I Ped. 1:3; Tiago 1:18; I Cor. 5:17; Ef. 4:20-24
(02) Tito 3:5; Rom. 8:2; João 1:11-13; Ef. 4:32; At. 11:17
(03) II Cor. 1:21,22; Ef. 4:30; Rom. 8:1; 6:22
A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absolve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de correção diante dos homens (01). Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras meritórias praticadas pelo homem mas, por meio de sua fé em Cristo (02).
(01) Is. 53:11; Rom. 8:33; 3:24
(02) Rom. 5:1; At. 13:39; Mat. 9:6; II Cor. 5:31; I Cor. 1:30
A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para a sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita (01). Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço consagrado a Deus e ao próximo (02).
(01) João 17:17; I Tess. 4:3; 5:23; 4:7
(02) Prov. 4:18;Rom.12:1,2; Fil. 2:12,13;II Cor. 7:1; 3:18;Heb. 12:14;Rom. 6:19; Gál. 5:22; Fil. 1:9-11
A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação (01). É o estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo (02).
(01) Rom. 8:30; II Ped.1:10,11; I João 3:2; Fil. 3:12; Heb. 6:11
(02) I Cor. 13:12; I Tess. 2:12; Apoc. 21:3,4

VI - ELEIÇÃO
Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça (01). Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da sua soberania divina e à luz de sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação (02). Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens (03). A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus (04). Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus (05). O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação (06).
(01) Gên. 12:1-3; Êx. 19:5,6; Ez. 36:22,23,32; I Ped. 1:2; Rom. 9:22-24; I Tess. 1:4
(02) Rom. 8:28-30; Ef. 1:3-14; II Tess. 2:13,14
(03) Deut. 30:15-20; João 15:16; Rom. 8:35-39; I Ped. 5:10
(04) João 3:16,36; João 10:28,29; I João 2:19
(05) Mat. 24:13; Rom. 8:35-39; I João 2:27-29; Jer. 32:40
(06) João 10:28; Rom. 8:35-39; Jud. 24; Ef. 4:30

VII - REINO DE DEUS
O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno (01). É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados, que opera no mundo e se manifesta pelo testemunho dos seus súditos (02). A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente vencido e surgido o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus (03).
(01) Dan. 2:37-44; Is. 9:6,7
(02) Mat. 4:17; Luc. 17:20; 4:43; João 18:36; 3:3-5; Mat. 6:33; I Ped. 2:9,10
(03) Mat. 25:31-46; I Cor. 15:24; Apoc. 11:15

VIII - IGREJA
Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento (01). Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho (02). As igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pela Palavra de Deus, sob a orientação do Espírito Santo (03). Há nas igrejas, segundo as Escrituras, duas espécies de oficiais: pastores e diáconos. As igrejas devem relacionar-se com as demais igrejas da mesma fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas atividades do reino de Deus. O relacionamento com outras entidades, quer sejam de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência ou comprometimento de lealdade a Cristo e sua Palavra. Cada igreja é um templo do Espírito Santo (04). Há também no Novo Testamento um outro sentido da palavra “igreja” em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre Ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns do reino de Deus (05).
(01) Mat. 18:17; At. 5:11; 20:17,28; I Cor. 4:17; I Tim. 3:5; III João 9; I Cor. 1:2,10
(02) At.2:41,42
(03) Mat. 18:15-17
(04) At. 20:17,28; 6:3-6; 13:1-3; Tito 1:5-9; I Tim. 3:1-3; Fil. 1:1; I Cor. 3:16,17; At. 14:23; I Ped. 5:1-4
(05) Mat. 16:18; Col. 1:18; Heb. 12:22-24; Ef. 1:22,23; 3:8-11; 4:1-16; 5:22-32; João 10:16; Apoc. 21:2,3

IX - O BATISMO E A CEIA DO SENHOR
O Batismo e a Ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Senhor Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica (01). O Batismo consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal (02). Simboliza a morte e o sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos (03). O Batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (04). A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: o pão e o vinho (05). Nesse memorial o pão representa o seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue derramado (06). A Ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o Batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos participantes (07).
(01) Mat. 3:5,6,13-17; 26:26-30, 28:19; João 3:22,23; 4:1,2; I Cor. 11:20,23-30
(02) At. 2:41,42; 8:12,36-39; 10:47,48; 16:33, 18:8
(03) Rom. 6:3-5; Gál. 3:27; Col. 2:12; I Ped. 3:21
(04) Mat. 28:19; At. 2:38,41,42; 10:48
(05) e (06) Mat. 26:26-29; I Cor. 10:16,17-21; 11:23-29
(07) Mat. 26:29; I Cor. 11:26-28; At. 2:42; 20:4-8

X - O DIA DO SENHOR
O domingo, dia do Senhor, é o dia do descanso cristão, satisfazendo plenamente a exigência divina e a necessidade humana de um dia em sete para o repouso do corpo e do espírito (01). Com o advento do cristianismo, o primeiro dia da semana passou a ser o dia do Senhor, em virtude de haver Jesus ressuscitado nesse dia (02). Deve ser para os cristãos um dia de real repouso em que, pela freqüência aos cultos nas igrejas e pelo maior tempo dedicado à oração, à leitura bíblica e outras atividades religiosas eles estarão se preparando para “aquele descanso que resta para o povo de Deus”(03). Nesse dia os cristãos devem abster-se de todo trabalho secular, excetuado aquele que seja imprescindível e indispensável à vida da comunidade. Devem também abster-se de recreações que desviem a atenção das atividades espirituais (04).
(01) Gên. 2:3; Êx. 20:8-11; 31:14-17; Is. 58:13,14; Mat. 12:12; Heb. 4:4
(02) João 20:1,19,26; At. 20:7; Apoc. 1:10; I Cor. 16:1,2
(03) Heb. 4:9-11; Apoc. 14:12,13
(04) Êx. 20:8-11; 31:15; Jer. 17:21,22,27; Ez. 22:8; Mat. 12:12

XI - MINISTÉRIO DA PALAVRA
Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo (01). Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial, para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua palavra (02). O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens (03). Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo (04). A obra do porta-voz de Deus tem uma finalidade dupla: a de proclamar as boas-novas aos perdidos e a de apascentar os salvos (05). Quando um homem convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para esse ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício, cabe à igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente e verificada em sua experiência cristã (06). Esse ato solene de consagração é consumado quando os membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados pela igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado (07). O ministro da Palavra deve dedicar-se totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus (08). O pregador do evangelho deve viver do evangelho (09). Às igrejas cabe a responsabilidade de cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores (10).
(01) Mat. 28:19,20; At. 1:8; Rom. 1:6,7; 8:28-30; Ef. 4:1,4; II Tim. 1:9; Heb. 9:15; I Ped.1:15; Apoc. 17:14
(02) Mar. 3:13,14; Luc. 1:2; At. 6:1-4; 13:2,3; 26:16-18: Rom. 1:1; I Cor. 12:28; II Cor. 2:17; Gál. 1:15-17; Ef. 4:11,12; Col. 1:21-26
(03) Êx. 4:11,12; Is. 6:5-9; Jer. 1:5-10; At. 20:24-28
(04) At. 26:19,20; João 13:12-15; Ef. 4:11-17
(05) Mat. 28:19,20; João 21:15-17; At. 20:24-28; I Cor. 1:21; Ef. 4:12-16
(06) At. 13:1-3; I Tim. 3:1-7
(07) At. 13:3; I Tim. 4:14
(08) At. 6:1-4; I Tim. 4:11-16; II Tim. 2:3,4; 4:2,5; I Ped. 5:1-3
(09) Mat. 10:9,10; Luc. 10:7; I Cor. 9:13,14; I Tim. 5:17,18
(10) II Cor. 8:1-7; Gál. 6:6; Fil. 4:14-18

XII - MORDOMIA
Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as coisas (01). Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de Deus e por isso devem os homens a Ele o que são e possuem e, também, o sustento (02). O crente pertence a Deus porque Deus o criou e o remiu em Jesus Cristo (03). Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, da personalidade, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu infinito amor, providência e sabedoria (04). Cabe ao crente o dever de viver e comunicar ao mundo o evangelho que recebeu de Deus (05). As Escrituras Sagradas ensinam que o plano específico de Deus para o sustento financeiro de sua causa consiste na entrega pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas (06). Devem eles trazer à igreja sua contribuição sistemática e proporcional com alegria e liberalidade, para o sustento do ministério, das obras de evangelização, beneficência e outras (07).
(01) Gên. 1:1; 14:17-20; Sal. 24:1; Ecl. 11:9; I Cor. 10:26
(02) Gên. 14:20; Deut. 8:18; I Crôn. 29:14-16; Tiago 1:17; II Cor. 8:5
(03) Gên. 1:27; At. 17:28; I Cor. 6:19,20; Tiago 1:21; I Ped. 1:18-21
(04) Mat. 25:14-30; 31-46
(05) Rom. 1:14; I Cor. 9:16; Fil. 2:16
(06) Gên. 14:20; Lev. 27:30; Prov. 3:9,10; Mal. 3:8-12; Mat. 23:26
(07) At. 11:27-30; I Cor. 16:1-3; II Cor. 8:1-15; Fil. 4:10-18

XIII - EVANGELIZAÇÃO E MISSÕES
A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando a reconciliação do homem com Deus (01). É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar , pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los e ensiná-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou (02). A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara (03).
(01) Mat. 28:19,20; João 17:20; 20:21; At. 1:8; 13:2,3; Rom. 1:16; 10:13-15; II Cor. 5:18-20; I Tess. 1:8; I Ped. 2:9,10
(02) Mat. 28:18-20; Luc. 24:46-49; João 17:20; At. 1:8
(03) Mat. 28:19; At. 1:8; Rom. 10:13-15

XIV - EDUCAÇÃO RELIGIOSA
O ministério docente da igreja, sob a égide do Espírito Santo, compreende o relacionamento de Mestre e discípulo, entre Jesus Cristo e o crente (01). A Palavra de Deus é o conteúdo essencial e fundamental nesse processo e no programa de aprendizagem cristã (02). O programa de educação religiosa nas igrejas é necessário para a instrução e o desenvolvimento de seus membros, a fim de “crescerem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas cabe cuidar do doutrinamento adequado dos crentes, visando sua formação e desenvolvimento espiritual, moral e eclesiástico, bem como motivação e capacitação sua para o serviço cristão e o desempenho de suas tarefas no cumprimento da missão da igreja no mundo (03).
(01) Mat. 11:29,30; 23:10; João 13:14-17
(02) João 14:26; I Cor. 3:1,2; II Tim. 2:15; I Ped. 2:2,3; 3:15; II Ped. 3:18
(03) Sal. 119; II Tim. 3:16,17; 4:2-5; Col. 1:28; Mat. 28:19,20; At. 2:42; Ef. 4:11-16; 6:10-20; Fil. 4:8,9; II Tim. 2:2

XV - LIBERDADE RELIGIOSA
Deus e somente Deus é o Senhor da consciência (01). A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual (02). Por força dessa natureza, a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano (03). Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie (04). A Igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções (05). É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo (06). O Estado deve ser leigo e a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus (07).
(01) Gên. 1:27; 2:7; Sal. 9:7,8; Mat. 10:28; 23:10; Rom. 14:4; 9,13; Tiago 4:12; I Ped.2:26; 3:11-17
(02) Jos. 24:15; I Ped. 2:15,16; Luc. 20:25
(03) Dan. 3:15-18; Luc. 20:25; At. 4:9-20; 5:29
(04) Dan. 3:16-18; 6; At. 19:35-41
(05) Mat. 22:21; Rom. 13:1-7
(06) At. 19:34-41
(07) Dan. 3:16-18; 6:7-10; Mat. 17:27; At. 4:18-20; 5:29; Rom. 13:1-7; I Tim.2:1-3; Tito 3:1; I Ped. 2:13-17

XVI - ORDEM SOCIAL
Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade em que vive (01). Entretanto, o maior benefício que pode prestar é anunciar a mensagem d evangelho; o bem-estar social e o estabelecimento da justiça entre os homens dependem basicamente da regeneração de cada pessoa e da prática dos princípios do evangelho na vida individual e coletiva (02). Todavia, como cristãos, devemos estender a mão de ajuda aos órfãos, às viúvas, aos anciões, aos enfermos e a outros necessitados, bem como a todos aqueles que forem vítimas de quaisquer injustiça e opressões (03). Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando para quaisquer meios de violência ou discordantes das normas de vida expostas no Novo Testamento (04).
(01) Mat. 5:13-16; João 12:35,36; Fil. 2:15
(02) Mat. 6:33; 25:31-46; Mar. 6:37; Luc. 10:29-37; 19:8,9; João 6:26-29; At. 16: 31-35; Mat. 28:19
(03) Êx. 22:21,22; Sal. 82: 3,4; Ecl. 11:1,2; Miq. 6:8; Zac. 7:10
(04) Is. 1:16-20; Miq. 6:8; Mat. 5:9; Luc. 3:10-14; At.4:32-35; II Tim.2:24; Filem.; Tiago 1:27

XVII - FAMÍLIA
A família, criada por Deus para o bem do homem, é a primeira instituição da sociedade. Sua base é o casamento monogâmico e duradouro, por toda vida, só podendo ser desfeito pela morte ou pela infidelidade conjugal (01). O propósito imediato da família é glorificar a Deus e prover a satisfação das necessidades humanas de comunhão, educação, companheirismo, segurança, preservação da espécie e bem assim o perfeito ajustamento da pessoa humana em todas as suas dimensões (02). Caída em virtude do pecado, Deus provê para ela, mediante a fé em Cristo, a bênção da salvação temporal e eterna, e quando salva poderá cumprir seus fins temporais e promover a glória de Deus (03).
(01) Gên. 1:27; 2:18-25; Jos. 24:15; I Reis 2:1-3; Mal. 2:15; Mar. 10:7-9,13-16; Ef. 5:22-33; 6:1-4; Col. 3:18-25; I Tim. 3:4-8; Heb. 13:4; I Ped. 3:1-7
(02) Gên. 1:28; 2:18-25; Sal. 127:1-5; Ecl. 4:9-13
(03) At. 16:31,34

XVIII - MORTE
Todos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em conseqüência do pecado, a morte se estende a todos (01). A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto estão neste mundo (02). Com a morte está o destino eterno de cada homem (03). Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor”(04). Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de Deus (05). Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram (06).
(01) Rom. 5:12; 6; I Cor. 15:21,26; Heb. 9:27; Tiago 4:14
(02) Luc. 16:19-31; Heb. 9:27
(03) Luc. 16:19-31; 23:39-46; Heb. 9:27
(04) Rom. 5:6-11; 14:7-9; I Cor. 15:18-20; II Cor. 5:14,15; Fil. 1:21-23; I Tess. 4:13-17; 5:10; II Tim. 2:11; I Ped. 3:18; Apoc. 14:13
(05) Luc. 16:19-31; João 5:28,29
(06) Êx. 22:18; Lev. 19:31; 20:6,27; Deut. 18:10; I Crôn. 10:13; Is. 8:19;38:18; João 3:18; 3:36; Heb. 3:13

XIX - JUSTOS E ÍMPIOS
Deus, no exercício de sua soberania, está conduzindo o mundo e a história a seu termo final (01). Em cumprimento à sua promessa, Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória (02). Os mortos em Cristo serão ressuscitados e os crentes ainda vivos juntamente com eles serão transformados, arrebatados e se unirão ao Senhor (03). Os mortos sem Cristo também ressuscitados (04). Conquanto os crentes já estejam justificados pela fé, todos os homens comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo para serem julgados, cada um segundo suas obras, pois através destas é que se manifestam os frutos da fé ou os da incredulidade (05). Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o castigo eterno, separados de Deus (06). Os justos, com os corpos glorificados, receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu, com o Senhor (07).
(01) Mat. 13:39,40; 28:20; At. 3:21; I Cor. 15:24-28; Ef. 1:10; II Ped. 3:10
(02) Mat. 16:27; 24:27-31; 26:64; Mar. 8:38; Luc. 17:24; 21:27; At. 1:11; I Tess. 4:16; I Tim. 6:14,15; II Tim. 4:1,8; Tito 2:13; Heb. 9:28; Apoc. 1:7
(03) Dan. 12:2,3; João 5:28,29; 6:39,40,44; 11:25,26; Rom.8:23; I Cor. 15:12-58; Fil. 3:20,21; Col. 3:4; I Tess. 4:14-17
(04) Dan. 12:2; João 5:28,29; At. 24:15; I Cor. 15:12-24
(05) Mat. 13:49,50; 25:14-46; At. 10:42; I Cor. 4:5; II Cor. 5:10; II Tim.4:1; Heb. 9:27; II Ped. 2:9; 3:7; I João 4:17; Apoc. 20:11-15; 22:11,12
(06) Dan. 12:2,3; Mat.16:27; 18:8,9; 25:41-46; Mar.9:43-48; Luc. 16:26-31; João 5:28,29; Rom. 6:22,23; I Cor. 6:9,10; Ii Tess. 1:9; Apoc. 20:11-15
(07) Dan. 12:2,3; Mat. 16:27; 25:31-40; Luc. 14:14; 16:22,23; João 5:28,29; 14:1-3; Rom. 6:22,23; I Cor. 15:42-44; Apoc. 22:11,12

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