Mateus 5:38-41
I- Vencer o mal com o bem é não resistir ao homem mau
Jesus é o maior exemplo de resistência ao mal e esse é o dever de todo crente. Não podemos nos deixar vencer pelo mal, e não devemos resistir o homem mau. Paulo, o apóstolo disse: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” Rom. 12:21. Poucos crentes hoje em dia sofrem um golpe físico na face, mas o principio é dar a outra face. Isso pode ser aplicado diariamente em termos de auto-exposição aos insultos, mal entendidos, e outras ofensas, as quais somos expostos. Não poucas vezes presenciamos a resistência com o homem mau através de um bate boca sem fruto, que não leva a nada, a não ser escandalizar o evangelho de Cristo. Isso é resistir o mal com o mal, resultando muitas vezes em ressentimentos prejudiciais à vida espiritual e até física. Aquele que ainda não aprendeu vencer o mal com o bem, ainda não conhece a essência do evangelho de Cristo.
II- Vencer o mal com o bem é entregar a capa
Na lei Judaica, uma pessoa podia processar outra pessoa por causa da túnica, vestimenta de baixo, com mangas; mas não podia processar ninguém por causa da capa, veste exterior que servia aos pobres como cobertor durante a noite. “Se tomares em penhor o vestido do teu próximo lho restituirás antes do pôr do sol porque é a única cobertura que tem; é o vestido da sua pele; em que se deitará ele?” Ex. 22:26,27. Cristianismo não é só questão de não fazer isso ou aquilo, mas é acima de tudo, sentir-se bem praticando-o. Fazer o bem aqueles que nos maltratam, orar pelos que nos perseguem, esse é o cristianismo de Jesus.
III- Vencer o mal com o bem é caminhar a segunda milha
Essa é uma questão interessante, pois permitia-se aos soldados e oficiais Romanos que forçassem os nativos a carregar os seus suprimentos ou bagagens por uma milha. Ai podemos entender o que aconteceu com Simão Cireneu, que foi obrigado a carregar a cruz de Jesus por um oficial romano. Ele vinha do campo, da roça, nada tinha a ver com o que estava acontecendo, mas carregou a cruz. Ninguém podia exigir que se caminhasse a segunda milha, mas Jesus ensina que deve ser espontânea na experiência cristã. “Se alguém te obrigar a andar uma milha, ande com ele duas”. É certo que há cristãos que estão muito aquém da primeira milha. Mas o que Jesus ensina é extraordinário. Quantas vezes devemos perdoar? Até sete? Não! Mas até 70 vezes 7. Se alguém nos humilha devemos fazer o que pudermos e as vezes mais. Pois o cristianismo da segunda milha é o cristianismo do amor sem reservas. È o cristianismo de não oferecer a Deus oferta de tiver ódio, mágoa ou ressentimento no coração. O comportamento de José no Egito. O trato para com seus irmãos foi o de andar a segunda milha. O amor vence todas as coisas. Entramos na Igreja de Jesus para caminhar a segunda milha ou sermos crentes sem nenhuma expressão.
Conclusão
É verdade que andar a segunda milha, a entrega da capa, e o não resistir o mal, são coisas duras. Mas é neste comportamento que experimentamos o calor da presença de Jesus. Andar nessa direção é renunciar o programa próprio e aceitar o programa de Deus. Este é o caminho do amor. O amor aos amigos, mas também aos inimigos. Não é dar porque recebemos, mas é dar sem esperar nada em troca. E toda vez que damos sem a pretensão de receber, Deus nos dá muito mais. Quando vencemos o mal com o bem servimos ao próximo; somos ponte para grandes realizações no cristianismo e no mundo. É o começo de uma vida abençoada. É andar com Jesus e fazer a vontade de Deus.
Pr.Cirino Refosco (autor)
Pr. Marcelo Matias (edição)