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quarta-feira, setembro 30, 2009

A RESPEITO DE COISAS QUE EU NÃO POSSO DEIXAR DE SABER....

Você sabia que foi apenas no ano 190 d.C. que a palavra grega ekklesia, que traduzimos como igreja, foi pela primeira vez utilizada para se referir a um lugar de reuniões dos cristãos? Sabia também que esse lugar de reuniões era uma casa, e não um templo, já que os templos cristãos surgiram apenas no século IV, após a conversão de Constantino? Você sabia que os cristãos não chamavam seus lugares de reuniões de templos até pelo menos o século V? Você sabia que o primeiro templo cristão começou a ser construído por Constantino, sob influência de sua mãe Helena, em 327 d.C., às custas de recursos públicos, e sua arquitetura seguia o modelo das basílicas, as sedes governamentais da Grécia e, posteriormente, de Roma, e dos templos pagãos da Síria? Você sabia que as basílicas cristãs foram construídas com uma plataforma elevada acima do nível da congregação e que no centro da plataforma figurava o altar, e à sua frente a cadeira do Bispo, que era chamada de cátedra? Você sabia que o termo ex cathedra significa "desde o trono", numa alusão ao trono do juiz romano, e, por conseguinte, era o lugar mais privilegiado e honroso do templo? Você sabia que o Bispo pregava sentado, ex cathedra, numa posição em que o sol resplandecia em sua face enquanto ele falava à congregação, pois Constantino, mesmo após a sua conversão ao Cristianismo, jamais deixou de ser um adorador do deus sol? Você sabia que o atual modelo hierárquico do Cristianismo, que distingue clero e laicato, teve origem e ou foi profundamente afetado pela arquitetura original dos templos do período Constantino?

Você sabia que Jesus não fundou o Cristianismo, e que o que chamamos hoje de Cristianismo é uma construção religiosa humana, feita pelos seguidores de Jesus ao longo de mais de dois mil anos de história? Você sabia que o que chamamos hoje de Cristianismo está profundamente afetado por pelo menos três grandes eras: a era de Constantino, a era da Reforma Protestante e a era dos Avivamentos na Inglaterra e nos Estados Unidos? Você sabia que é praticamente impossível saber a distância que existe entre o que Jesus tinha em mente quando declarou que edificaria a sua ekklesia e o que temos hoje como Cristianismo Católico Romano, Protestante, Ortodoxo, Pentecostal, Neopentecostal e Pseudopentecostal?

Você sabia que os primeiros cristãos se preocuparam em relatar as intenções originais de Jesus com vistas a estender seu movimento até os confins da terra? Você sabia que este relato está registrado no Novo Testamento, mais precisamente nos Evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos? Você sabia que o terceiro evangelho, Evangelho Segundo Lucas, e o livro dos Atos deveriam formar no princípio uma só obra, que hoje chamaríamos de "História das origens cristãs"? Você sabia que os livros foram separados quando os cristãos desejaram possuir os quatro evangelhos num mesmo códice, e que isso aconteceu por volta de 150 d.C.? Você sabia que o título "Atos dos Apóstolos" surgiu nessa época, segundo costume da literatura helenística, que já possuía entre outros os "Atos de Anibal" e os "Atos de Alexandre"?

Nesse emaranhado de coisas que eu não sabia, três coisas eu sei. A primeira é que a crítica que o mundo secular faz ao Cristianismo institucional tem sérios fundamentos, ou como disse Tony Campolo: "Os inimigos estão parcialmente certos". A segunda coisa que sei é que nesta Babel que vem se tornando o movimento evangélico brasileiro, está cada vez mais difícil identificar a essência do Evangelho de Jesus Cristo, nosso Senhor. A terceira coisa que sei é que vale a pena perguntar aos primeiros cristãos o que eles entenderam a respeito de Jesus, sua mensagem, sua proposta de vida e suas intenções originais. Vale a pena voltar à Bíblia. Não há outra fonte segura de informação e formação espiritual, senão a Bíblia Sagrada, especialmente o Novo Testamento.

Convido você a nos acompanhar, a mim e ao Pastor Ariovaldo Ramos, nessa caminhada. Vamos dominicalmente ler e reler os livros de Lucas e dos Atos dos Apóstolos. Seja Deus nosso guia, mediante seu Espírito Santo, que nos leva a toda a verdade.

© 2009 Ed René Kivitz
http://www.ibab.com.br/ed090201.html

sexta-feira, setembro 25, 2009

O desafio de plantar igrejas

O apóstolo Paulo assimilou tão bem o pensamento de Jesus quanto à igreja que, obediente à voz do Espírito Santo, foi por toda parte pregando o evangelho, fazendo discípulos e plantando igrejas. Isto é sobejamente relatado no livro de Atos, fazendo-nos arder o coração pela obra missionária. Sabemos que os demais apóstolos também fizeram o mesmo, pois entendiam ser esta a estratégia de pregar o evangelho a toda a criatura.

Ainda hoje temos o enorme e delicioso desafio de plantar igrejas em nosso país. No sertão, nas regiões ribeirinhas da Amazônia, nas tribos indígenas, de norte a sul, de leste a oeste, em toda parte. Mas quero destacar o desafio de plantar igrejas nos grandes centros de nossa nação.



O povo mudou-se para as cidades

A realidade do Brasil - rural da primeira parte do Século XX mudou-se radicalmente com o êxodo do campo para os grandes centros. A concentração de pessoas nas grandes cidades chega a índices antes inimagináveis. É importante pregar no sertão, nas regiões ribeirinhas, mas não podemos ignorar que as pessoas hoje moram, em sua maioria, nas cidades grandes.

Multidões de solitários. Pessoas se esbarram nas outras, mas não conversam, não fazem amigos, vivem sós. O medo da violência e o individualismo fizeram com que as famílias cada vez mais se fechassem e se isolassem. Sem esperança, milhões de brasileiros morrem sem Jesus nos grandes centros.



O desafio das favelas

Com o êxodo rural e o desemprego no campo, muitos foram para as cidades grandes sem expectativas, em busca de um sonho que muitas vezes não se realizou. Foram para regiões periféricas, e no amontoado de barracos formaram-se as favelas, onde moram muitas famílias honradas, gente séria, honesta e trabalhadora, porém reféns do submundo do crime e submissas às leis do tráfico e da marginalidade. Gente amada por Deus. Pessoas por quem Jesus morreu e que precisam de salvação. Graças a Deus, muitas igrejas já têm sido plantadas nas regiões marginalizadas das grandes cidades, mas ainda há desafios enormes para os discípulos de Jesus. Precisamos plantar igrejas nestas comunidades.



O desafio das áreas nobres

Outra realidade, tão difícil ou mais, são os condomínios de luxo, os prédios inacessíveis, e as pessoas ricas que por vezes se acham auto-suficientes, mas que no seu íntimo sentem medo da morte, não têm esperança e são infelizes. A igreja por muito tempo discriminou os ricos, pregando o evangelho apenas aos pobres. Jesus não fez distinção de pessoas. Amou ricos e pobres. Evangelizou ricos e pobres. Morreu por ricos e pobres. Edifica sua igreja para ricos e pobres.

As regiões mais nobres dos grandes centros são verdadeiros vazios batistas. Os imóveis são caríssimos, e o custo de um projeto na zona nobre é muito mais alto que na periferia. As pessoas são mais frias e menos acessíveis, mas uma vez confrontadas pelo evangelho e tocadas pelo Espírito de Deus poderão entregar suas almas a Cristos e encontrar o real sentido da vida. Uma igreja plantada com visão missionária num bairro de classe média alta poderá ser uma grande alavancadora da plantação de novas igrejas em todo o Brasil e no mundo.



O desafio de fazer missões nos postos de trabalho

Precisamos ter missionários em todos os bancos, em todos os hospitais, em todas as escolas, em todos os comércios, em todas as fábricas, em todas as repartições públicas, enfim, é preciso que cada crente batista reconheça sua missão de evangelizar e discipular e seja um missionário em seu local de trabalho, levando pessoas a Jesus.

Eis um grande desafio para todos os batistas e todas as igrejas, preparar-se para o cumprimento da missão, assumir o compromisso missionário, mover-se de paixão pelas almas perdidas e anunciarem o evangelho em seus postos de trabalho, no ônibus, no metrô, no condomínio, na escola, onde quer que esteja. Não é preciso formação de seminário para falar de Cristo e ganhar almas. Seja um missionário!

A Convenção Batista Brasileira aprovou o projeto de iniciarmos 5.000 novas frentes missionárias, tendo em vista a plantação de novas igrejas, até dezembro de 2012. Os grandes centros são os maiores desafios. Grande desafio. Nosso desafio. Mas o Senhor prometeu: "eis que estou convosco todos os dias". Então, vamos avançar!





Por Pr. Samuel Meira Moutta

Gerente Executivo de Expansão Missionária da JMN

sexta-feira, setembro 18, 2009

ENCARANDO A REALIDADE – A OBRA E O INIMIGO (Neemias 4)

Tenho sido muito edificado através do estudo do livro de Neemias, que na minha concepção, é um dos maiores nomes do VT.

Desde o capitulo Um, quando Neemias é impactado com um choque de realidade, tenho me debruçado sobre essas paginas e viajado literalmente.

Vamos a uma síntese: Neemias recebe o relato de como estavam sua cidade e seus conterrâneos, de como a devastação havia sido aterradora e fica extremamente abatido e triste. Ele se levanta, clama a Deus, e resolve fazer algo para contribuir para a mudança daquela triste realidade.

No capítulo 2 ele, aguardando uma resposta Divina, percebe a oportunidade, ora e toma suas atitudes. No capítulo 3 ele está se direcionando rumo a efetivar sua colaboração transformadora. Arregimenta homens com espírito de cooperação e começa a divisão de tarefas e a reconstrução dos muros.

Agora estamos no capítulo 4. Neemias e seus cooperadores caminham à passos largos rumo ao término do projeto. Nunca se espera tamanho progresso àquela altura, nunca se vira tamanho empenho de homens que faziam parte até mesmo da elite de Jerusalém. Não havia classe social. Todos estavam trabalhando em prol do bem comum.

Mas agora, os inimigos se levantam enfurecidos. Não aceitam o sucesso daquele projeto aparentemente tão ridículo. Sambalate e Tobias começam a incitar outros grupos para que juntos pudessem atacar os construtores e desviá-los do objetivo principal: A Obra.

Quando Neemias e os demais souberam disso, tomaram algumas atitudes importantes, que são o destaque de hoje neste capítulo:


1 – Começaram a orar: “A obra é grande e extensa”. Quando estamos imbuídos na Obra de Deus, quando saímos da nossa zona de conforto, os inimigos e obstáculos aparecem. Nossa primeira atitude deve ser de buscar àquele que é o “Senhor da Obra”. Somente Deus pode nos ajudar para que o projeto siga em frente. “Porque sem mim, nada podeis fazer” João 15:5.


2 – Aceitaram e preparam-se para a nova realidade: Agora a realidade era outra: o muro já não estava totalmente destruído. Os portais já não estavam totalmente destroçados. O vigor físico de muitos também já não era o mesmo. E os inimigos vinham com tudo pra cima deles.

Além de orar, Neemias preparou o povo para combater os inimigos que se levantassem. O desafio agora era maior: uma mão na massa e outra na lança. Preparados para continuar o projeto, mas sabendo que os inimigos sempre estariam à espreita, para trazer insucesso.

Há uma grande lição aqui: Não devemos ignorar nosso Inimigo. Ele tem se levantado contra nós, os que estamos envolvidos na Obra, e isso é fato.

Neemias não levou o grupo a se acovardar, mas fez com que eles entendessem agora o nível de importância daquele projeto.

Quando nos dispomos à sair da zona de conforto e entramos na Obra, temos que saber que estamos lidando com outra realidade, que não agrada em nada ao Inimigo.

Todos aqueles homens passaram a andar preparados para a batalha, pois sabiam que seu projeto desagradara a muitos. Sabiam agora do nível de importância do que faziam.

Concluindo:
Às vezes nos esquecemos que a Obra de Deus resgata vidas das mãos do inimigo. E isso o incomoda. Temos que estar imbuídos na Obra, mas preparados para a batalha. Não podemos deixar que o inimigo traga confusão e discórdia em nosso meio. A Obra é “grande e extensa”. Coisas pequenas não devem atrapalha o bom andamento da Obra. Mas o sucesso só ocorre quando há união e cooperação na realização do projeto.

Prepare-se em Deus. Peça que Ele o capacite para continuar a Obra e para as batalhas.


“Os que edificavam o muro, e os que traziam as cargas, e os que carregavam cada um com uma mão fazia a obra e na outra tinha a arma” (Neemias 4:17).

quinta-feira, setembro 10, 2009

A VIDA É QUESTÃO DE FÉ

Dâmocles invejava Dionísio, governador de Siracusa, a cidade mais rica da Sicília do século 4. Acreditava que Dionísio era um bem-aventurado, que possuía tudo quanto um homem pode desejar. Até que foi convidado por Dioníso para trocar de lugar com ele por um dia. No banquete noturno, Dâmocles percebeu que havia sobre sua cabeça uma espada que pendia do teto, sustentada apenas por um fio da crina de um cavalo. Imediatamente perdeu todo o interesse naquele lugar de honra. Devolveu o trono ao seu legítimo dono e nunca mais invejou sua posição.

O mito da espada de Dâmocles é geralmente usado para demonstrar a condição vulnerável dos que ocupam o poder. Mas pode também ser usado para demonstrar a morte que a todos espreita. Fala da efemeridade da condição humana. A espada de Dâmocles representa a insegurança e a vulnerabilidade, e aponta para a angústia que carregamos no peito em virtude da consciência de finitude.

A miserabilidade do ser humano está no fato de que não somente é finito, como todas as demais criaturas, mas também, e principalmente, consciente da inexorabilidade de seu fim. Paradoxalmente, entretanto, essa angústia diante da morte é também a salvação do humano. Tire a imortalidade do homem e ele cai de quatro, dizia Nelson Rodrigues.

A consciência da finitude nos angustia justamente porque somos habitados por um senso de eternidade. Esse paradoxo é descrito de maneira magnífica por Álvaro de Campos, pseudônimo de Fernando Pessoa, em seu poema Tabacaria: “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

A palavra “espiritualidade” expressa esse encontro entre o finito e o infinito nas profundezas do ser humano. A espiritualidade é a experiência da busca e/ou encontro do sentido último da existência e, de certa maneira, o encontro com a realidade sagrada ou divina. A espiritualidade implica o anseio de transcendência. O teólogo existencialista Paul Tillich sustenta que “Deus é a resposta à pergunta implícita na finitude do homem”. Confrontado com a sua limitação, a inevitabilidade seu fim, a marcha lenta em direção à morte, o ser humano começa a se perguntar pela eternidade, pelo sagrado, pelo transcendente, pelo que está além das contingências da vida e das circunstâncias que causam dor e sofrimento. Debilitado pela fraqueza do corpo, assolado pelo sofrimento e pela dor, ameaçado pelas tragédias e catástrofes, esmagado sob o peso da sombra da morte, o ser humano começa a buscar a Deus. Nessa busca motivada pela angústia o ser humano se descobre e se percebe um ser espiritual.

A angústia da morte é o casulo que o ser humano rompe para desabrochar para a vida. Ao tomar consciência de sua limitação, finitude e morte, o ser humano se abre para Deus, e no encontro com Deus está a vida. A morte é certa. E a vida é questão de fé.


2009 Ed René Kivitz

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