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terça-feira, outubro 27, 2009

Uma nova realidade; Um novo desafio.

Estava na faculdade, quando na aula de Teoria Geral do Estado (TGE); comentou-se sobre a contribuição de homens simples, mas ousados, para transformação de fases da nossa história. Citamos Lutero, Calvino, Thomas Edson, Martin Luther King, Galileu Galilei,... Esses homens, apesar de normais, ousaram não só em pensamentos, mas também em atitudes. Homens que não se conformaram com a realidade que viviam, mas ousaram pensar e tomaram atitudes. Dizíamos que todos esses homens foram grandes apesar de simples, porque, muito embora não esperassem fazer tanto pela história, marcaram o mundo em que viviam.
Quando falávamos nisso, me lembrei de Neemias, livro que tenho me dedicado em ler. Neemias sem dúvida pode ser encaixado no quadro desses grandes homens. Sua intenção, atitude e obra foram de fundamental importância para o povo de Deus.
No capítulo 1, quando recebe a noticia aterradora sobre a destruição de Jerusalém, ele se entristece profundamente. Chora muito. Lembra dos seus que haviam se perdido na matança. Provavelmente seu coração ardia por saudades da sua terra natal.
Mas o que marca a vida de Neemias são suas primeiras atitudes contidas neste capítulo, que vão referendar todo o processo de reconstrução e repovoamento contido em seu livro.

Diante daquela nova realidade, Neemias:
Clama a Deus:
- Quando novas realidades se apresentam, normalmente temos dificuldades em aceitá-las. Não estamos preparados para as mudanças. Temos dificuldades em aceitar as mudanças mais simples e naturais, como no caso do avançar da idade. Muito embora Neemias também tivesse essa dificuldade, ele se joga na presença de Deus. Apresenta toda a sua dor e dificuldade para aceitar aquela situação diante do Senhor.
O problema está no fato em que nossa vida de oração quase sempre não existe. Queremos sempre achar culpados ou motivos para que as mudanças tenham acontecido, e nos esquecemos que na nossa vida, apenas o que é permanente é a Mudança. Mas quando temos a mesma atitude de Neemias e clamamos ao Senhor, o mesmo abre nossos olhos para que possamos não só aceitar a realidade nova, mas nos ajuda a ver o que poderá ser feito a partir dali.

Encara a nova realidade:
- O fato de clamarmos a Deus e agirmos sob sua dependência e orientação não significa ficar de braços cruzados. A nova realidade já havia se apresentado. Não havia como voltar, retroceder. Apenas restava a ele tentar fazer daquela nova realidade uma oportunidade de crescimento pessoal e espiritual. Ele coloca as mãos à obra, não fica parado no canto chorando ou resmungando.

Trabalha para melhorar a realidade nova:
- A realidade nova era cruel. Uma cidade destruída, um povo quase dizimado. Muito a se fazer. Poucos para cooperarem. Mesmo assim Neemias não para nem desiste. Diante das adversidades do projeto, ele persiste para que a nova realidade que fora inserido pudesse se apresentar da melhor forma possível. Ele pede a Deus que o fortaleça diante dos inimigos que se levantam. Mas ele não para. Por que a obra não para. Continua.

Conclusão.
Na sociedade de hoje, conviver bem com as mudanças é uma característica primordial. A vida é um processo de constante mudança. Nem sempre são as que esperamos. Neemias não ficou feliz com a nova realidade que lhe fora apresentado, mas isso não o fez ficar prostrado, se lamentando. Ele buscou em Deus forças, encarou a nova realidade e trabalhou para melhorá-la e crescer junto. Levante-se e encare nossa nova realidade. Deus quer usar sua vida. Permita.

Pr. Marcelo Matias.
http://prmarcello.blogspot.com

terça-feira, outubro 20, 2009

HÁ PODER EM SUAS PALAVRAS

"Quando ouvires dizer, de alguma das tuas cidades que o SENHOR teu Deus te dá para ali habitar: Uns homens, filhos de Belial, que saí­ram do meio de ti, incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conhecestes; então inquirirás e investigarás, e com diligência perguntarás; e eis que, sendo verdade, e certo que se fez tal abominação no meio de ti; certamente ferirás, ao fio da espada, os moradores daquela cidade, destruindo a ela e a tudo o que nela houver, até os animais." [Deuteronômio 13.12-15]


Aqui está a orientação de Deus a respeito do que devemos fazer quando “ouvirmos dizer” alguma coisa: inquirir, investigar e perguntar com diligência. Essa é a maneira como fazemos a diferença entre o fato e a versão, entre a verdade e o boato. Quando alguém comenta “ouvi dizer”, devemos perguntar: Quem disse? Quando disse? Para quem disse? Por que disse? Para que disse? E também perguntar a quem traz a informação: Por que você está me contando isso?


Entre o “ouvi dizer” e a verdade dos fatos há distâncias que podem e devem ser encurtadas pelo correto trato das informações. Entre os extremos de “varrer coisas para debaixo do tapete”, esconder, fingir que não existem, e “pendurar a roupa suja no varal”, expor publicamente o que é í­ntimo e privado, está a recomendação bí­blica, a saber, a busca pela verdade.


Boatos e versões podem destruir pessoas, famí­lias, comunidades, cidades e nações. Os relacionamentos se fundamentam nas palavras: a verdade gera vida, a mentira gera morte. O sábio Salomão ensinou que palavras são como “espada penetrante” [Provérbios 12.18], e que “a morte e a vida estão no poder da lí­ngua” [18.21]. Não foi sem razão, portanto, que Jesus advertiu que “de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juí­zo... porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” [Mateus 12.36,37].


Isso faz lembrar aquela história quando um rapaz procurou o filósofo Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo. Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:


- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?


- Três peneiras?


- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo.


- Mas suponhamos que seja verdade. Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?



- Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta? - arremata Sócrates - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos.


Talvez o apóstolo Paulo conhecesse essa história. Suas recomendações são igualmente valiosas: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai (isso falai)” [Filipenses 4.8].

2009 Ed René Kivitz
Extraído: http://www.ibab.com.br/ed091018.html

sexta-feira, outubro 09, 2009

UM PRESENTE DE DEUS E PARA DEUS

Gosto das histórias de Isaque, Samuel e João. Três meninos que vieram ao mundo em condições muito especiais e semelhantes. Suas mães desejavam muito ter filhos e não podiam. Hoje, em dia, a maioria das causas de infertilidade são conhecidas, e se sabe que as causas que originam o problema da infertilidade tanto podem ser do homem quanto da mulher. No entanto, naquele tempo, a culpa era atribuída só às mulheres.

Supunha-se que o ventre feminino era um jardim, de onde nasceriam as crianças, como plantas. A mulher sem filhos era terra seca, era deserto. Então, imaginamos que não era fácil levar sobre si esse estigma e o repúdio da sociedade.

Sara, Ana e Isabel eram mulheres que conheciam e temiam a Deus. Tinham seus medos (Gn 18.15), suas amarguras (1 Sm1) e suas fragilidades (Lc 1.25). Mas, acreditavam nos propósitos do Senhor, mesmo não tendo o desejo de ter filhos satisfeito.

Mas, Deus, é o que tira a vida e a dá, porque para Deus nada é impossível. E, aquelas mulheres conceberam no devido tempo. Tanto elas como seus maridos louvaram a Deus pela grande bênção que receberam. Chamaram os vizinhos para se congratularem e tiveram as dores e as alegrias que pais e mães têm ao criarem seus filhos.

O tempo passa... e as crianças crescem. E, o que vieram a ser essas crianças? Isaque, o patriarca do povo de Deus. Samuel, o profeta que transmitia a voz de Deus. João, homem de fé que preparou o caminho para o filho de Deus.

Eles poderiam ter sido pessoas completamente diferentes. Mimadas, rebeldes, sem amor... isso não aconteceu, porque seus pais tinham perfeita consciência de que elas tinham sido presentes de Deus, e portanto, deviam ser devolvidas a Deus como as melhores pessoas que pudessem ser. Seus pais zelaram por elas e as ensinaram o temor do Senhor.

Muitos pais nunca passaram pelo drama destas três famílias acima. Mesmo assim, seus filhos são um presente de Deus, porque é ele quem lhes deu vida. E todos os que têm filhos, têm a responsabilidade de devolvê-los a Deus. Mas, que filhos os pais pretendem entregar a Deus? Como têm planejado fazer isso? Deixando a responsabilidade de educá-los para outras instituições? Ou, tomando sobre a si o zelo pela educação religiosa de seus filhos?

Pensadores que estudaram como se desenvolve o processo de fé na vida da criança afirmam que é desde bebê que as sementes de fé, confiança e amor são plantadas na vida delas, por meio do cuidado com que os seus pais as tratam e da segurança que eles lhes proporcionam. Depois, até uma certa idade, a fé das crianças é a mesma dos seus pais: se os pais são cristãos, elas também são; se os pais são espíritas, elas também e assim por diante. Elas podem ser influenciadas de forma poderosa e permanente por exemplos, temperamentos, ações e histórias da fé visível dos adultos com os quais elas mantém relacionamentos. Nesta fase, é de fundamental importância o exemplo dos pais: a vida cristã que levam dentro e fora do templo; o seu auxílio na construção de conceitos fundamentados na Bíblia e a correção dos conceitos errados que recebem por meio de outras pessoas e da mídia. A correção deve ser feita sempre com muito amor e sabedoria.

Chegará uma época em que a criança discernirá por si mesma o caminho no qual deve seguir. Ela terá experiências e perspectivas que a levarão a refletir criticamente sobre os valores e crenças. É aí que lembramos da verdade bíblica, que é bem clara: "Ensina o menino no caminho em que deve andar..." (Provérbios 22.6). Se essa criança não tiver uma base sólida, Deus poderá ser um mito como o Papai Noel, que com o tempo se desfará. Ao passar dos anos, várias esferas passarão a exigir a atenção da não mais criança: família, escola, trabalho, companheiros, sociedade, mídia, religião. A fé precisa proporcionar uma orientação coerente em meio a essas complexas e diversificadas formas de envolvimento. A fé precisa formar uma base para a formação da identidade dessa pessoa, de modo que ela tenha firmeza de quem é e do que deseja para sua vida.

Que os pais se preocupam com a saúde e o bem-estar dos filhos é certo. Mas, devem se preocupar também com a saúde espiritual. Sempre que o meu pastor apresenta as crianças à igreja, ele repete a frase e pede que a citemos juntos: "Crianças aprendem com exemplo." Pais que não vivem bem com seus cônjuges, pais que não vivem com diligência a vida cristã, que não dão qualidade de tempo aos filhos, que não os disciplinam com amor e firmeza, que não os abraçam, também estão ministrando às crianças. Todo ato é uma lição, que está sendo observada e absorvida.

Pais que vivem sua fé de maneira coerente e equilibrada; pais que amam seus filhos e sabem dizer e demonstrar isso a eles; pais que dialogam; pais que são amigos e que sabem dizer ‘sim’ e também ‘não’, são pais que preparam seus filhos para Deus e para atuarem no mundo.

Não podemos, é claro, nos esquecer de que pais são seres humanos, têm seus medos, suas incertezas, suas fragilidades e uma gama de tarefas para dar conta. Por isso, não podem depender somente de si para dar conta desta grandiosa tarefa, que é educar os filhos. É para isso que existe o outro cônjuge, para conversarem e chegarem a consensos. É para isso que existem livros que ajudam; pastores e psicólogos que aconselham; professores que orientam; mas, sobretudo, a doce voz do Espírito de Deus, pois pais que são pais devem aprender a ouvir.

Outros setores da sociedade devem ajudar. Não podem ser omissos na tarefa de educar as crianças. A igreja deve estar pronta a apoiar e zelar pela família, que é uma instituição divina. Os professores devem saber desempenhar bem o seu papel em sala de aula. Os amigos da família devem influenciar positivamente e assim por diante. Parece uma utopia, mas bem que pode se tornar uma realidade, se essa prática for iniciada em sua família e ganhar outros. As pessoas gostarão de saber porque a sua família vai bem, e então será a sua oportunidade de testemunhar e contagiar seus círculos de amizade.

Os pais devem criar seus filhos para Deus, e a Deus deve ser dado o melhor! É necessário investir o tempo, a energia, os conhecimentos e os joelhos dobrados em oração para fazerem com que os filhos tenham em Deus o melhor amigo, e com certeza, os pais criarão filhos saudáveis como Isaque, Samuel e João.

Debhora Elisamar G. S. Silva
Ed. Religiosa

Indicações de leitura:
FOWLER, James W. Estágios da fé. São Leopoldo: Ed. Sinodal, 1992
TRIPP, Tedd. Pastoreando o coração da criança. São José dos Campos: Ed. Fiel, 1998

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